✩bell

 
قام بالانضمام: 2016-10-04
um segredo: eu sou assim mesmo: esquisita, louca e feliz...
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vida, café e poesia ***

psiuu..
bom dia!

que seja doce...

 café e poesia poderia ser uma resposta ao questionamento que muitos se fazem sobre como viver e sobreviver... muitos posam de doutores, sabem tudo, têm opinião formada sobre tudo, mas a grande verdade é que nada sabemos

vivemos encurralados entre por quês,  como e onde...buscamos fórmulas mágicas e inexistentes pra sentimentos que nos invadem, sejam eles rotulados como bons ou maus, tá aí... rotulamos sentimentos, o nosso lado sempre é bom e o do outro é mau....

viver é complicado demais, mas gosto de sentir essa complicação toda, gosto de nada saber, me encanta a dualidade da dúvida com a  certeza....do certo e errado, e muitas vezes o errado (pra mim) nem é tão errado assim....vá entender!

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" O que a gente ainda não sabe

A gente dá as costas para a vida quando considera privilégio custear trocados em nome de uma solidariedade enrustida de interesses pessoais.

Não sabemos sobre o outro e tampouco levamos em conta a contrapartida obrigatória e desinteressada que precisamos oferecer para sermos razoáveis. Limitados estamos de deixar o mundo mais bonito para o outro, o próximo da fila, o vizinho ou quem quer que chegue. Ninguém está interessado na beleza da janela do vizinho. O jardim mais florido precisa ser o nosso.

É preciso tomar dose forte de sanidade já que apenas café e poesia não vale.

É equívoco pensar que somos servos da bondade, quando sequer ajeitamos as situações sem querer vantagens.

A gente ainda não sabe nada sobre desapego. Somos servos infinitos de uma vontade estúpida de recolher todos os méritos, bondades, satisfação para usufruto individual, sem entender o prazer da partilha desinteressada.

Vivemos em tempo de facas afiadas, rasgando quem se aproxima para não sermos contrariados com a presença amorosa do outro.

Somos frascos ocupados com líquidos para saciar a nossa sede de universalidade e unanimidade.

Muitas vezes tudo em nós é performático, solúvel e instantâneo, exceto a nossa indiferença e a desgraça do egocentrismo.

A gente ainda não sabe ocupar apenas o espaço que nos foi destinado, sem atropelar o caminho do outro.

 Cuidar sem exagerar.

 Dispensar sem ser indelicado.

Argumentar sem impor nossa opinião.

Selecionar valores sem cair na exteriorização medíocre de muita fala e pouca prática.

A gente ainda não sabe que somos desconfortos quando criticamos sem piedade, expulsando o outro para bem longe do terreno da afetividade e tolerância. O prolixo enfadonho de regras, leis e conselhos que vende barato fragmentos enfastiados de posturas para com o mundo.

O que a gente ainda não sabe é que somos promessas mal pagas tentando fazer gênero extraordinário, mas falimos pela ausência de sensibilidade.

O que a gente não sabe é que a gente mesmo, sabe pouco ou quase nada. E isso é tudo o que mais importa.

Ita Portugal "


beijos e carinho, bell


https://www.youtube.com/watch?v=VKpNi5SenXE

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