A noite cai e sufoca o dia, volto o meu olhar para os meandros da Via Láctea, espaço de serenidade onde as estrelas vão certamente contar muitas histórias, enquanto a lua está em crescente envolto por uma névoa. Enquanto a sombra cobre lentamente as florestas e, as vozes da noite sobem de tom em vórtice passando do múrmurio à algazarra.
O tempo ainda funciona como um fantasma esquecido, num pêndulo toldado por um silêncio que luta atolado na escuridão, o ontem já foi sob a carícia do vento que acompanha delicado e, sem realmente lutar antes de se afundar no esquecimento.
Ele escapa-se como um rio que flui para o mar.
Na penumbra de um sonho, mergulho sobre o veludo da tua boca, flor perfumada onde um beijo reside permanentemente, fogo apaixonado iluminando o dia nas areias do deserto, onde a minha noite acamou.
Tempestades de sequências intimidantes abatem-se sobre os nossos corpos incandescentes onde o amor, desenha florestas na minha lista de desejos primários e… primitivos.
É uma miragem que certamente te faz vibrar… minha amante.
Um prazer implantado numa “liana” discreta na bruma furtiva e, tudo recomeça a inflamar… os nossos sentidos
Deitado na fornalha de volúpia e sensualidade, o prazer… possui-me.
No horizonte para adicionar uma memória muito intensa… vibro
Um arrepio percorre-me a espinha e, sob o brilho das estrelas a sublimação do amor… consumado