Os dedos
A suavidade aveludada de dedos acorda-me. O prazer insaciável permaneceu desperto; as carícias na minha pele embelezam novamente o meu deserto solitário, o desejo sonolento presente no fundo do meu ventre invade-me o corpo da cabeça aos pés e, desperta-me a sensualidade. Sobre a pele acetinada flamejante de fervor e ardume da bela de olhos dourados, que com arte e mestria ternamente desenho, refino e decoro. Sobre os seios provocantes, os meus dedos voluptuosos deslizam sobre os contornos dos gomos febris endurecidos e... rosados.
Sob os meus lábios acaricio o seu corpo em movimento que… ondula, relaxa e, contorce firmemente. As tuas unhas cravam-se nas minhas costas pressionando-me sobre uma relva fofa, ao ritmo de carícias de um desejo invasivo e de inveja arrogante, mais prementes a cada segundo de luxúria como as ondas na rebentação que enrolam na areia da praia.
As estrelas no céu misturam-se e desembaraçam-se, a lua sobre o meu corpo balança e cambaleia. Ela saboreia a vertigem e o mel da embriagante lascívia.
E, os nossos corpos fulminados sobre o tapete verde… colapsam.