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Sejamos pessoas boas, corações generosos, doadores, caridosos em essência Divina... e assim, através de nosso querer, repartir.
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Encontro de Natal

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Recolhes as melodias do Natal, guardando o pensamento engrinaldado pela ternura de harmoniosa canção.

Percebes que o céu te chama a partilhar os júbilos da exaltação do Senhor nas sombras do mundo.

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Entretanto, misturada ao regozijo que te acalenta a esperança, carregas a névoa sutil de recôndita angústia, como se trouxesses no peito um canteiro de rosas orvalhado de lágrimas!...

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É que retratas no espelho da própria emoção o infortúnio de tantos outros companheiros que foram inutilmente convidados para a consagração da alegria. Levantaste no lar a árvore da ventura doméstica, de cujos galhos pendem os frutos do carinho perfeito, entretanto, não longe, cambaleiam seguidores de Jesus, suspirando por leve proteção que os resguarde contra o frio da noite; banqueteias-te, sob guirlandas festivas, mas, a poucos passos da própria casa, mães e crianças desprotegidas, aguardando o socorro de Cristo, enlanguescem de fadiga, e necessidade;

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repetes hinos comovedores, tocados pela serena beleza que dimana dos astros, entretanto, nas vizinhança, cooperadores humildes do Mestre, choram cansados de penúria e aflição; abraças os entes queridos, desfrutando excesso de conforto, contudo, à pequena distância, esmorecem amigos de Jesus, implorando que Ihes dê a benção de uma prece e o consolo de uma palavra afetuosa, nas grades dos manicômios ou no leito dos hospitais...


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Sim, quando refletes na glória da Manjedoura, sentes, em verdade, a presença do Cristo no coração!

Louva as doações divinas que te felicitam a existência, mas não te esqueças de que o Natal é o Céu que se reparte com a Terra, através do eterno amor que se derramou das estrelas.

Agradece o dom inefável da paz que volta, de novo, enriquecendo-te a vida, mas divide a própria felicidade, realizando, em nome do Senhor, a alegria de alguém!...

Pelo Espírito Meimei.

"Holocausto Brasileiro"

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Negros eram maioria no
"Holocausto Brasileiro"
Estima-se que pelo menos 60 mil pessoas tenham morrido no Hospital Colônia de Barbacena.
Pelo menos 60 mil pessoas, além de internadas à força, morreram entre os muros da Colônia, o maior hospício do Brasil, em Barbacena, Minas Gerais. Cerca de 70% não tinham diagnóstico de doença mental. Eram epiléticos, alcoólatras, homossexuais, prostitutas, gente que se rebelava ou que se tornara incômoda para alguém com mais poder. Eram meninas grávidas violentadas por seus patrões, esposas confinadas para que o marido pudesse morar com a amante, filhas de fazendeiros que perderam a virgindade antes do casamento, homens e mulheres que haviam extraviado seus documentos. Alguns eram apenas tímidos. Pelo menos 33 eram crianças. Com a conivência de médicos e funcionários, o Estado violou, matou e mutilou.
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O caso é relatado e detalhado no livro-reportagem Holocausto brasileiro, de Daniela Arbex (Geração, 272 p.). A obra resgata do esquecimento um dos capítulos mais macabros da história brasileira e descreve a barbárie e a desumanidade praticadas, durante a maior parte do século 20, no maior hospício do Brasil. Ao fazê-lo, a autora traz à luz um genocídio cometido, sistematicamente, pelo Estado, com a conivência de médicos, funcionários e também da população, pois nenhuma violação dos direitos humanos mais básicos se sustenta por tanto tempo sem a omissão da sociedade. Em seu blog, o jornalista Alceu Castilho (entrevistado na edição de julho do Extra Classe) levanta uma hipótese ainda a ser investigada: “quantas pessoas indesejáveis ao regime foram enviadas a hospícios, e, ali, mortas”?

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Conforme relatado no livro, no hospício, os pacientes perdiam seus nomes e suas roupas. Viviam nus, comiam ratos, bebiam água do esgoto, dormiam ao relento, eram espancados. Nas noites geladas, cobertos por trapos, morriam pelo frio, pela fome ou pela doença. Em alguns períodos, 16 pessoas morriam por dia nesse manicômio. Os cadáveres eram vendidos para faculdades de Medicina. Quando não havia comprador, os corpos eram banhados em ácido no pátio, diante dos internos.

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A jornalista disse ter encontrado uma contabilidade macabra: o registro da venda de 1.853 corpos, entre 1.969 e 1.980 para faculdades de medicina. “O que a gente não sabia e conseguimos descobrir, com a ajuda da coordenação do Museu da Loucura, foi que 1.853 corpos foram vendidos para 17 faculdades de medicina do País. O preço médio era de 50 cruzeiros. Dá um total de R$ 600 mil reais, se atualizarmos a moeda. Tem documento da venda de corpos. De janeiro a junho de um determinado ano, por exemplo, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) recebeu 67 peças, como eles mencionavam os corpos”, afirma.

Existem cerca de 160 remanescentes do Hospital Colônia, muitos deles continuam internados, são pessoas que estão institucionalizadas. Foi um desafio encontrar pessoas que estivessem vivas 50 anos depois. Localizei cerca de 20 sobreviventes, a maioria vive em Barbacena, e permanece em serviços residenciais terapêuticos, com muitas sequelas do período da internação, por causa da alimentação precária. Boa parte procura se reinventar

Daniela Arbex é jornalista, atua como repórter especial da Tribuna de Minas, com atuação na área de direitos humanos. Tem mais de 20 prêmios nacionais e internacionais, entre eles o Prêmio Esso de Jornalismo.

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A Fome no Brasil e no Mundo

O Programa Fome Zero completará 13 anos em 03 de fevereiro 2016, mas 5,3 milhões de brasileiros ainda vivem na miséria.


https://www.youtube.com/watch?v=1jNEi_jGIHU

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