sara_rafaela

 
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A Diferença entre o Psicopata e o Psicótico

 Qual diferença entre o psicopata e o psicótico?Resultado de imagem para psicoticos

Antes de falar sobre definições: “Psico quer dizer mente; Pathos, doença”.
– “O psicopata não é um doente mental da maneira como nós o vemos.” – A mente visivelmente adoecida é a do psicótico, que sofre com delírios, alucinações e não tem ciência do que faz, porque vive uma realidade à parte.

DA PSICOPATIA:

A psicopatia não é visivelmente uma patologia como é o caso explícito da psicose. Os psicopatas ao contrário do que se pensa têm a real consciência do que estão praticando e, sentem prazer, em praticar a maldade/perversão a quem cruza o caminho deles, sem remorso algum. Até profissionais da área, como os médicos psiquiatras, que já estão habituados a todas as armadilhas de quem têm esse tipo de transtorno, podem cair “nos encantos deles”. Eles são os mestres da encenação; são os atores da vida real.

– A psicopatia não tem cura.

Psicopatia é o “câncer da psiquiatria.” É um transtorno grave e não tem cura. Porém, passam tranquilamente como sujeitos sociáveis. Segundo dados internacionais, os psicopatas são 4% da população, 1% serial killers, (os que cometem assassinatos em série). Mesmo os psicopatas mais “brandos”, que fazem pequenas maldades, não têm cura. E definir pequena maldade é subjetivo. Para uma pessoa a atitude e comportamento de um sujeito pode ser uma pequena maldade, na contrapartida, para outra pessoa a mesma atitude pode ser sentida com mais intensidade e causar um dano mais sério.

“Apesar do ainda controverso tema da existência do instinto agressivo em nossa espécie, pelo menos entre as teorias psicanalíticas não há dúvidas sobre a natureza da compulsão à repetição e características sádicas de suas manifestações descritas por Freud no célebre ensaio: Além do princípio do prazer, 1921.”

A maioria das maldades dos psicopatas é de caráter psicológico e não físico. Por isso suas vítimas em potencial são àquelas pessoas generosas. Um exemplo clássico, eles se aproveitam de pessoas bem-sucedidas profissionalmente – com promessas – ganham a confiança da vítima e destroem suas vidas. Uma forma usual de o psicopata golpear as pessoas: pedem dinheiro, prometem pagar, assim que estabelecer o negócio. Depois o que resta a vítima são os transtornos que terão que enfrentar, sobretudo emocionalmente. Às vezes, a dor psicológica dói até mais. Esses seres são monstros em pele de cordeiro e estão em todas as camadas sociais. Eles podem ser desde um falso colega de trabalho oportunista que vive se fazendo de vítima até trapaceiros políticos, empresários, religiosos, filho (a), esposo (a) etc. No entanto, escondem tais características de forma que socialmente são vistos como pessoas normalíssimas, cujos verdadeiros instintos ninguém é capaz de desconfiar.

– Os psiquiatras ainda afirmam que os psicopatas pioram com um tratamento.

Os psicopatas são inteligentes. Eles usam os conhecimentos adquiridos na análise para “melhorar” ainda mais as suas maldades. Com o conhecimento esses sujeitos vão ferir mais intensamente as pessoas que estão à sua volta. Segundo a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa: “O grande tratamento para os psicopatas é a postura que temos com essa pessoa”. A grande arma da sociedade, segundo a médica psiquiatra, é não tolerar a impunidade.

“Pesquisas feitas pelos brasileiros: O neurologista Ricardo Oliveira e o neurorradiologista Jorge Moll descobriram a prova definitiva dessa diferença da mente psicopata, por meio da chamada ressonância magnética funcional, que mostra como o cérebro funciona de acordo com diferentes atividades. Nesse exame, mostraram imagens boas (belezas naturais, cenas de alegria) e outras chocantes (morte, sangue, violência, crianças maltratadas). Nas pessoas normais, o sistema límbico reagia de forma diversa (o sistema límbico é o responsável pelas nossas emoções). Nos psicopatas, não há diferença. O sistema límbico dessas pessoas não funciona. O pôr do sol ou uma criança sendo espancada geram as mesmas reações. Da mesma forma, não há repercussão no corpo. Eles não têm taquicardia, não suam de nervosos. Em suas cabeças sempre estarão certos e, principalmente, acima do bem e do mal. Por isso passam tranquilamente num detector de mentiras.”

DA PSICOSE (ESQUIZOFRENIA)

Culturalmente e/ou popularmente, o esquizofrênico representa o estereotipo do “louco”, um indivíduo que produz grande estranheza social devido ao seu desprezo para com a realidade. A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica que deve ser diagnosticada e tratada rapidamente. Ela se caracteriza por alterações no pensamento, no afeto e na vontade. Os principais sintomas são: delírios, alucinações e retraimento social. Delírios são ideias distorcidas, irreais, que o esquizofrênico percebe como reais. Dividem-se em manias persecutórios, ou seja, eles sentem estarem sendo perseguidos. Mania de grandeza e místicoreligiosos. De repente a pessoa cisma, por exemplo, que o FBI o está perseguindo. Tudo que ocorre a partir de então gira em torno dessa ideia delirante.

O esquizofrênico age como alguém que rompeu as amarras da concordância cultural, menospreza a razão e perde a liberdade de escapar às suas fantasias.

Sintomas da esquizofrenia: é importante ressaltar que os esquizofrênicos se isolam e diminuem à interação afetiva. Esquizofrênicos têm mais dificuldade para interagir socialmente e acabam se isolando. O transtorno cursa com períodos em que os sintomas são mais intensos (episódios psicóticos agudos), mas quando tratados perdem intensidade (fase de estabilidade) e a pessoa leva uma vida praticamente normal. A psicose, geralmente, surge em sujeitos com predisposição genética a desenvolver esquizofrenia. Quem apresenta delírios e/ou alucinações deve ser levado a um psiquiatra para que faça o diagnóstico e estabeleça um tratamento. Quanto mais cedo o transtorno for diagnosticado e tratado, melhor a evolução do tratamento. A rapidez é importante para uma melhor qualidade de vida.

Segundo alguns especialistas, aproximadamente 1% da população são acometidos pela doença, geralmente iniciada antes dos 25 anos e sem predileção por qualquer camada sócio-cultural.

– O diagnóstico se baseia exclusivamente na história psiquiátrica e no exame do estado mental. É extremamente raro o aparecimento de esquizofrenia antes dos 10 ou depois dos 50 anos de idade ocorre que não tem nenhuma diferença na prevalência entre homens e mulheres.

Usualmente o paciente com esquizofrenia mantém clara sua consciência e sua capacidade intelectual com o tratamento. Por isso é necessário ser acompanhado por médico psiquiatra.

DA DIFERENÇA PRINCIPAL ENTRE O PSICOPATA E O PSICÓTICO (ESQUIZOFRÊNICO):

O psicopata tem um déficit no campo das emoções, é incapaz de sentir amor ou compaixão e é indiferente em relação ao próximo – já o esquizofrênico é o oposto, ele tem afeto em excesso, é extremamente sensível e, “de tanto sentir e não se expressar, “surta”. Mas isso não isenta o psicótico (esquizofrênico) de cometer algum tipo de crime, se acaso o esquizofrênico entrar em surto psicótico.

“No caso do psicopata, ele não enlouquece nunca, pois ele não tem afeto é embotado”. Ele não é capaz de se colocar no lugar do outro e tentar sentir a dor que ele provocou. Mas o problema dele não é cognitivo, a razão funciona bem e ele tem a capacidade plena de distinguir o que é certo e o que é errado. Ele tem certeza que está infringindo a lei, mas não se importa com isso e até calcula os danos para saber o custo-benefício da ação.

DO PONTO DE VISTA FORENSE:

– Justiça e Psiquiatria como aliadas:

Segundo o psiquiatra forense, Guido Palomba, aposta na criação de uma “casa cadeia” que ofereça um tratamento psicopedagógico aos criminosos. Dar afazeres e responsabilidades aos presos. A liberdade seria baseada na periculosidade, se ela cessasse, o criminoso poderia ser solto. “É prisão perpétua? É. Você vai por a sociedade em risco? Não”, argumenta.

Outro ponto importante, de acordo com o psiquiatra, é a necessidade da mudança da mentalidade dos juízes, promotores e advogados. Eles precisam agir para que o indivíduo semi-imputável ou psicopata seja encaminhado à medida de segurança, pois a patologia não tem cura. A análise do laudo médico deve vir antes da avaliação da “leiga” opinião pública.