acma1953

Ele: Quando é que foi a última vez que tiveste um orgasmo?
Ela: Como é que tu queres que eu me lembre. Isso não é uma coisa que se aponte na agenda e nem é nada de que as finanças nos venha pedir contas.
Ele: Mas não te lembras?
Ela: Sinceramente não!
Ele: Ainda ontem começaste a gritar "Ah! Ah! Ah!"
Ela: Sim, porque estava a ficar com uma crise asma, ó parvalhão
Ele: Então e no sábado depois de virmos do casamento do teu primo. Começaste a gritar "Tá quase, tá quase, tá quase!"
Ela: Sim, contigo a saltar em cima de mim estava quase a vomitar!!
Ele: E então no dia dos teus anos quando começaste a gritar "ai que bom, ai que bom ai que bom".
Ela: Sim, eu de facto disse isso mas da maneira como estavas a coçar-me as costas...
Ele: Ok, Então vamos tentar agora e tu explicas-me como é que se faz para atingires um orgasmo.
Ela: 'Tás a ver. Isto não é assim. Não há clima, não há ambiente.
Ele: Que tal um beijo para começar.
Ela: Não. Nós não funcionamos assim. Para vocês é que um beijo funciona como se fosse um ferro eléctrico: liga em cima e aquece em baixo. Mas para nós não é assim. Vocês basta estarem vivos para se excitarem. Nós não.
Ele: Vá lá!!!
Ela: Não!
Ele: Porquê??????
Ela: Porque não!!!
Ele: Vá lá!!!
Ela: Não, não e não...
Ele: Por favor!
Ela: Vê se entendes uma coisa. Preliminares não é estares meia hora a implorar para que eu vá para a cama contigo.

Ele e ela - 2

Ela: ...Não consegues pensar noutra coisa. Só te ouço falar em sexo, sexo, sexo, sexo o tempo todo... Não te cansas?
Ele: Como é que eu me posso cansar?
Ela: Bom, aí tenho que te dar razão. Vocês homem passam o dia a pensar em sexo e quando o têm só desfrutam dele dois ou três minutos! Não dá para cansar não é? Essa deve ser a principal diferença entre o homem e o animal. Sabias que o orgasmo de um porco pode chegar a durar 15 minutos. UM ORGASMO!
Ele: Pois!!! mas ele chama-se porco não é!!!
Ela: Não seja por isso!
Ele: Olha! sabes que um porco não é fisicamente capaz de olhar para o céu!
Ela: E o que é que isso interessa?
Ele: Já viste como ele não pode ser romântico para a porca e dizer-lhe coisas do género: "Tu és a mais bela entre as estrelas". Porque a porca saberia que ele estaria a mentir-lhe.
Ela: Em compensação a porca deve sentir-se sexualmente muito realizada!
Ele: Já pensaste onde é que eles fazem amor, numa pocilga. E depois o sexo do porco tem a forma de uma rosca, parece um parafuso. Acho que para fazerem amor ele tem que lhe dar umas voltas. Eu se te tentar fazer isso tu enjoas.
Ela: Sabes que há mulheres que fazem sexo com animais?
Ele: Isso são tudo montagens!!!! Achas que é fisicamente possível uma mulher fazer amor com um burro, por exemplo?
Ela: EU FAÇO!!!!!!!

Ele e ela - 3

Ela: ...Sim, é verdade. Nós gostamos de sexo. Mas ao contrário de vocês homens não pensamos só no nosso prazer! Vocês muitas vezes nem sabem onde é que devem tocar. Há mulheres que não conseguem ter um orgasmo e que passam a vida a simular. Tudo porque os homens não se preocupam um bocadinho em aprender a lidar connosco.
Ele: Olha, acredita que tenho pena dessas mulheres!!! Felizmente que há algumas que sabem o que é ter uma boa noite de sexo, não é???
Ela: (encolhendo os ombos): Acredito que existam algumas, sim!!!
Ele: Tu por exemplo!!! Ainda ontem à noite disseste que foi muito bom.
Ela: Bom, eu exagerei um bocado. Digamos que foi razoável.
Ele: Razoável!!!!!
Ela: Querias que eu dissesse o quê: Olha ainda não estou satisfeita, mas não te preocupes que eu espero mais vinte minutos!!!!
Ele: Quer dizer que ontem fingiste????
Ela: Vamos dizer que não te quis entristecer.
Ele: Entristecer!!!!!!
Ela: Sim, entristecer. Quando acabamos de fazer amor tu ficas sempre tão convencido da tua performance!!!
Ele: E fico!!!!!!
Ela: Pois, mas olha. Há uma coisa que tens de saber. Aquele sitio onde tu gostas de me tocar e que dizes que eu fico louca, na verdade fica 5 centimetros a cima.
Ele: Porque é que nunca me disseste nada?
Ela: Eu tento sempre, mas antes que consiga dizer alguma coisa tu tapas-me a boca e dizes-me com aquele teu ar matador. "Shiuuuu. Não digas nada. Sente Só".
Ele: Não acredito nisso. Tu estás só irritada!!
Ela: Ok deixa-me ver se eu consigo explicar-te isto como deve ser, da maneira mais simples (silêncio para pensar). Posso ser dura, mas é para ver se tu entendes.
Ele: Não te preocupes. Eu estou preparado.
Ela: Olha. Para ficarmos entendidos de uma vez por todas: há três coisas em que tu nunca conseguiste acertar na tua vida: na sanita, na data do meu aniversário e no meu clitoris.

Também quero 

"Loucamente apaixonados ao fim de tantos anos de cumplicidade estéril, gozavam o milagre de amarem-se tanto à mesa como na cama e chegaram a ser tão felizes, que quando eram dois velhos esgotados ainda continuavam a traquinar como coelhinhos e a discutirem como cachorros."

García Márquez, Cem anos de solidão.

“Foi em 1978, no Verão, que te conheci. Nesse ano, num dos poemas de «doze moradas de silêncio» citei Rilke: «Uma só coisa é necessária: a solidão, a grande solidão interior. Caminhar em si próprio e, durante horas, não encontrar ninguém – é a isto que é preciso chegar.(…)”

“- Je t'aime je t'aime 
- Oh oui je t'aime! 
- Moi non plus. 
- Oh mon amour...“

“(…)Hoje, sem ti, já não consigo pressentir a sombra magnífica da noite sobre o rio. Nada se acende em mim ao escrever-te esta carta.(…)”

Bom dia, partilho conforme recebi de uma amiga minha muito querida. Chamou-me a atenção o que ela escreveu (sim ela escreve rsrsrs) pois é uma verdade, mas concordando com ela em quase tudo o que escreveu, só não estou de acordo com a generalização, quando diz "atitudes dos homens para com as mulheres. Não sei o que se passa com eles"Tive a oportunidade de lho dizer, há homens e homens, assim como há mulheres e mulheres, e há disto e daquilo. Mas no resto, concordo, e há mesmo homens que devem rever conceitos de vida e posturas perante as mulheres. O problema, é que "elas" ainda vão muitas vezes caindo na canção do "bandido de olhos doces" rsrsrs.  
O que se diz por aqui...

Queria tanto ser o mar... Para te sentir dentro de mim a nadar, esbracejando vigorosa e forte em longas braçadas de vida e respiração molhada...Para te sentir a pele gotejada da minha maresia em total contorno da tua existência e contínua persistência...Para teus lábios beijar com o sal ardente deste meu ser em contínuo movimento que de doirado e sedento se move para dentro... Para teu corpo desejar e em ondas te tornar e à minha volta te jorrar quando na cálida areia me espraiar...

Para sentir o calor intenso do sol me banhar, aquecendo-me para que teu corpo não tremesse de frio ao em mim penetrar... Para teus seios ondular na massa informe do meu ser que de moldável e suave permite a ternura em mim nascer... Para sentir tuas fortes pernas afastar-me e em desenhos lindos e simétricos vencer a maleabilidade do meu ventre, para sempre... Para em gotículas me espalhar na tua vida em crescendo quando nua na praia secas teu corpo ao vento num lânguido movimento...

Para te chamar e te ver correr para mim, a saltar, como gazela fugindo num monte de alguém que a quer caçar... Para te chamar e te sentir mergulhar de braços estendidos e de cabeça defendida, numa entrada sulcando meus sentidos... Para te aconchegar dentro de mim e com ternura te abraçar num longo e eterno movimento de loucura... Para viver o instante do meu único momento insano na procura do ser que me fizesse ver que mais não sou que o desejo de te ter...

...e retomado do fim de tanto prazer, depositar-te na areia doce e quedar-me duma vez por todas, ali, parado, para te ver!...
...Como eu queria ser o mar... e beijar-te

Cada dia que passa na nossa vida, sentimos o aproximar inexorável do que será um dia o fim, e por isso temos de ser realistas e encarar o desafio final, relembrando memórias, expondo a nossa vida, apesar de como tenho dito esperar viver até aos 400 anos, mas chega um momento que devemos fazer o balanço.

A quem melhor que vocês, meus amigo(a)s com quem tenho convivido e privado estes últimos anos, para o fazer?

Tenho vivido uma vida recheada e completa, faltam-me cumprir ainda muitos objectivos. Viajei por muitas estradas deste Mundo, encontrei milhentas pessoas, cada uma como o seu jeito peculiar e diferente, todas diferentes, mas no fundo iguais entre iguais.

Essas viagens trouxeram-me ensinamentos múltiplos de culturas e gentes, com toda(o)s aprendi e a toda(o)s levei os meus parcos conhecimentos, e nessas viagens tenho a certeza que aprendi muito, mas tenho certeza que também ensinei o quanto sabia e podia, e digo com toda a segurança que o fiz sempre da melhor forma possível, fi-lo à minha maneira.

Arrependimentos? Tive alguns, mas foram tão poucos que nem merecem ser mencionados. Penso ter agido sempre correctamente, à minha maneira, mas sempre de forma consciente, sem excepções. Errei? Sim, e muito. Que fiz para melhorar? Tudo. Consegui? Nem sempre, mas até aos 400 anos ainda muito tenho a melhorar.

Planeei cada um dos caminhos que percorri num mapa, cada viagem, cada passo que dei, mas nem sempre as coisas correram como projectado, mas sempre o fiz por ser o que achava mais correcto. Fiz sempre à minha maneira. Sim, em determinados momentos tive a certeza que quem me acompanhava, sabia que eu estava a querer fazer mais do que podia, em especial nos momentos em que as dúvidas surgiam, e dizia-mo. No entanto, eu ouvia, mas continuava a fazer como eu entendia ser correcto, enfrentava tudo e todos e com o pé firme e bem consistente, mas teimoso fazia e continuava a fazer da minha maneira. A correcta, para mim.

 Por via disso muitas desilusões surgiram, engoli muitos elefantes e sapos, e depois cuspia por ter sido tão teimoso e não ter dado ouvidos a quem me queria bem.

Eu já amei, ri e chorei muito, cometi muitos erros, fui cúmplice de algumas derrotas e de outras que provoquei, mas agora, passados estes anos e à medida que o tempo vai passando e conforme vou relembrando e desfiando memórias, que me fazem aflorar lágrimas aos olhos e escorrer pelas faces, eu acho que me diverti e vivi. Hoje, acho que tudo o que passei foi muito edificante e construtivo, por isso foi divertido.

Por vezes dou comigo a pensar, para que serve a um homem tudo o que ele pode possuir? Se não formos nós mesmos, então não temos nada. Para quê dizer coisas, que apesar de sentirmos serem verdades; podermos com palavras ferir e magoar e com isso colocar alguém de joelhos? Os registos na minha vida mostram que recebi muita pancada, muita desilusão, mas tenho a certeza, fiz como queria. Sempre.

Por estas razões estou preparado para o desafio final, encaro-o como uma contingência normal da vida, com tranquilidade e com a certeza de ter cumprido parte da missão que a vida ou Deus me destinaram. Muito falta fazer, e até poder tudo farei para atingir os objectivos que não atingi, os tais que projectados não terminei, por esta ou aquela razão.                                 

Há lugares que frequentei dos quais me lembrarei por toda a minha vida, embora alguns tenham mudado, alguns de forma drástica para sempre, e não para melhor, outros ainda já nem existem, outros permanecem. Todos esses lugares tiveram seus momentos, com amores e amigos, dos quais ainda me consigo lembrar. Alguns já se foram, outros ainda vivem, mas durante a minha vida, amei-os todos.

Mas de todos esses amigos e amores, não houve nenhum nem ninguém que se compare a ti, e todas estas memórias perdem o sentido quando eu penso em amor como uma coisa nova. Embora eu saiba que nunca perderei o afecto por pessoas e coisas que vieram antes, sei que com frequência vou parar e pensar nelas.

E agora, à medida que o fim se aproxima, estou quase nos 400 anos, posso dizer, que  em toda a minha vida, quem eu amei mais foste tu.

NOTA: Para este texto tomei como tema a musica MY Way, de Frank Sinatra