Eu acreditava que a felicidade consistia em viver em par. Talvez esse nem fosse um pensamento meu. Cresci ganhando panelinhas e bonecas; e ouvindo histórias de príncipes e princesa que se casaram e... "viveram felizes para sempre"
Além disso, existe a ideia utópica das almas gêmeas. Será que somos seres incompletos? Esperar no outro a felicidade que só pode ser alcançada por nós é uma maneira de fugirmos de nossas rsponsabilidades, exonerarmo-nos da culpa. Ser metade enquanto eu me sinto completa é um tanto ilógico.
Segundo Dulce Regina, "A essência é a mesma. O que aconteceu foi isto: o espírito é um e desmembrou. A diferença é que, como nas plantas, foi-se subdividindo. Então, cada um de nós tem uma única alma gémea matriz, mas temos várias almas companheiras." Nem sei se essa pluralidade de brotos da planta matriz facilita ou me confunde em minha procura.
A autora afirma também que "A ligação de alma gémea não é necessariamente romântica, é mais espiritual e pode manter-se espiritual, porque as pessoas têm situações diferentes para resolver." Ou seja, eu posso ter que ver meu amor desfilando com outra porque estamos em momentos cármicos diferentes.
"Se você passar 10 anos sem ver a pessoa, se não é tua alma gémea você nem lembra mais. Se for, você pensa nela, sonha com ela, não consegue esquecer. Claro que como em qualquer relação os conflitos também existem, mas com a sua alma gémea a sensação principal é de paz, de entrosamento e de afinidade, porque ela faz parte da sua essência."
Mito e teorias:
"Curiosamente, esta descrição espelha os vários mitos de alma gémea, tão velhos como a história da Humanidade. Há anos que a solidão humana procura formas de nos garantir que sim, que temos um amor à nossa espera neste planeta, é uma nostalgia que parece nascer connosco. Segundo a mitologia grega, há muitos milénios atrás o Olimpo era habitado por seres com quatro braços, quatro pernas, duas cabeças e dois troncos, mas apenas uma só alma. Os outros deuses, com inveja desta harmonia total, mandaram trovões que separaram os seres em dois, condenando-os a uma busca da outra metade.
Segundo a cabala, antes de virem para este planeta os aspectos masculinos e femininos da alma eram unido, e quando vêm a este mundo, não necessariamente ao mesmo tempo, separam-se e procuram-se. A astrologia kármica partilha este ponto de vista, juntando elementos astrais que permitem, segundo os seus seguidores, saber onde estávamos e quem amámos noutras encarnações."
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