Olá a todos, tenho por vezes este pouco recomendável hábito de "voltar ao local do crime" o que serve por dizer que sou humano, que também muitas vezes no calor de uma qualquer "discussão" ou desentendimento dou o dito por não dito... e desculpo-me. Quem nunca errou (se se trata de um erro) que lance a primeira pedra, mas com cuidado pois a mesma pode fazer ricochete.
Apesar de me considerar um individuo "maduro" pelos anos que levo, por todas as vicissitudes pelas quais já passei, por todos os oceanos profundos onde "tomei banho" e adquiri igualmente a humildade suficiente, por todas as rochas vulcânicas que pisei (algumas estavam em brasa e queimei a sola dos sapatos kkkkkk) e por todas as montanhas que escalei, apesar como dizia, de todas essas passagens de vida constato que continuo a ser humano, que cometo os mesmos erros e por vezes demasiadas vezes os mesmos (a teimosia é isso mesmo) insisto em os cometer seguindo outros processos.Dizem que a experiência que nos conduz ao fracasso uma vez não deve ser repetida por indesejável. Eu repeti, e mudei de agulha para o conseguir.Atingi em 95% o objectivo proposto. Pergunta-se: é isso razoável? arriscar segunda vez por um erro ou falhanço inglório que tem consequências? eu sou a prova viva que sim.
Podem muitos denominar esta teimosia "suicida" de burrice, eu prefiro apelidá-la de segundas oportunidades.
Pessoalmente, como empresário assim procedi durante a vida por exemplo com funcionários que em qualquer outro lugar de trabalho não teriam segunda oportunidade.
Por tudo isto, e por tudo o que falta escrever, posso considerar que estive QUASE a deixar tudo para trás.
Daí, fiz uma introspecção e então decidi que é QUASE o momento de pensar melhor e debater com quem me tem suportado e aguentado o meu mau humor, as minhas exigências e talvez um certo egoísmo tudo o que tem sido as nossas vidas.
Deixo aqui este texto de Sarah Westphal
Quase
Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um
quase.
É o quase que me incomoda, que me
entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem
quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está
vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que
escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca
sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não
me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e
frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom
dia", quase que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até para
ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses
fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas
não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os
dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não
inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro
de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para
as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir
a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Para os erros há perdão; para os
fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio
ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de
tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando
que sonhando, fazendo que planeando, vivendo que esperando porque, embora quem
quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
Sarah Westphal
https://www.youtube.com/watch?v=OoGbixHgfkQ
https://www.youtube.com/watch?v=Lta-WTLipd0