acma1953

 
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A alguém que está muito triste, escrevo esta carta

Não vou mencionar quem, mas no fundo pode ser dirigida a toda(o)s a(o)s amiga(o)s que possam estar a atravessar uma fase difícil, todos nós temos desses momentos. Há bem pouco tempo andei mergulhado numa tristeza imensa, e aos poucos com a ajuda de muitos amigos, tanto aqui como na realidade fui conseguindo melhorar, pouco a pouco. Quando escrevi este texto, foi a pensar em mim, e readaptei-o pois estava a ser demasiado egoísta, não era/sou o único que pode estar nessa situação.

Minha amiga tenho pensado em ti, na tua tristeza. Para algumas pessoas, pode parecer banal acontecer um desgosto de amor durante a nossa vida. Todos nós já passámos por isso, em maior ou menor grau, contudo, todos sentem de forma diferente e tu tens andado muito triste, mesmo se não parece.

A verdade é que, quando o amor acaba, não há vencedores. Muito ou quase tudo se perde: afectos desfeitos, ilusões quebradas, companhias que desaparecem, uma história comum que se esfuma, memórias que se desfazem, palavras e vivências que deixam de fazer sentido. É difícil superar-se a rejeição e o abandono, mas o que custa mais é lidar com a perda.

É preciso então fazer uma terapia do esquecimento que se torna ainda mais difícil quando os laços não se desfazem completamente. É preciso dar umas férias ao coração, deixá-lo viajar por outras terras de amizade e por outros afectos. Depois, é esperar que ele volte mais fortalecido…

E há-de haver um dia em que acordamos e já não dói, o vazio já está a ser preenchido e começamos de novo a viver, confiantes no futuro. Às vezes, esse dia custa a chegar. Às vezes, mesmo superando o desgosto, há mágoas que ficam para sempre cravadas na memória como picos que não matam mas moem.

Gostaria de te dizer que esse dia está próximo e que amanhã te sentirás menos só, menos ansiosa e mais feliz. Gostaria de passar a mão nesse olhar triste e apagar essas mágoas que ainda te fazem sofrer para poderes voltar a dormir. Gostaria de poder ajudar-te, por isso, escrevo-te esta carta, para saberes que não estás completamente abandonada, tens-me a mim e à minha amorizade.

Um abraço apertadinho

https://www.youtube.com/watch?v=sPtFA9VSfmE



Ele era dependente... mas paciente


Ele vivia sozinho há uns meses. Não lhe faltavam candidatas para preencher o lugar vazio da sua cama de casal. De vez em quando, lá saía com uma. O problema era quando elas se atiravam descaradamente e queriam fazer dele embrulho em lençóis. Não que ele fosse frio, pelo contrário, adorava sexo. Só que não era capaz…

Tinha dado tudo àquela mulher, como na canção do Paulo Gonzo: não só os anéis mas também os dedos, que ela não tinha devolvido. As suas mãos ainda percorriam o corpo dela em pensamento, todas as noites, quando ficava horas e horas sem dormir. Tinha-se dado totalmente a ela, tinha querido fundir-se nela, mas ela já não o queria. Ou talvez quisesse?

Às vezes, ela mostrava sinais de querer uma reconciliação e ele ficava esfuziante. Era agora que tudo ia voltar à normalidade. Porém, sem bem saber porquê, voltava a frieza. Ele não se dava conta que era apenas ele que alimentava a chama da idolatria por ela. Ela apenas correspondia em dias que se sentia mais carente e em que a obsessão dele a fazia sentir-se desejada. Ela não estava a ser correcta e sabia-o. Talvez tivesse pena dele. Talvez o fizesse em memória dos dias felizes, mas não o amava mais. Ele queria dar tudo em troca de nada. Sofria por amor, preso a um sentimento desprezado. Não era masoquismo, era apenas protecção. Afinal, era mais fácil viver no passado, preso a um amor idealizado do que dar a oportunidade a uma outra mulher. Podia apenas querer usá-lo, poderia apenas querê-lo para depois abandoná-lo de novo. Para quê dar hipótese àquela mulher doce que o atraía muito? O medo de não ser amado era demasiado grande…

Mas ele era paciente, sempre fora assim. Nunca fora de precipitar-te sobre as coisas, nem de se apressar. Tomava sempre o seu tempo. Ele sabia que a pressa é inimiga da perfeição e para ele, perfeição era saborear o momento com tempo. Às vezes, deixava escapar algumas oportunidades. Outras vezes, colhia os frutos que tinha semeado há muito tempo atrás.

Demorava a preparar-se de manhã. Tomava banho lentamente, sentindo na pele, a macieza do seu gel preferido e a água a escorrer-lhe pela pele. Desfazia a barba com calma, pormenorizadamente. Gostava de comer devagar. Reter o gosto na boca mais tempo. Sofria do stress do trabalho como os outros mas a lentidão tornava-o mais perfeccionista.

Talvez por ser assim, sentia-se sempre atraído por mulheres eléctricas, recheadas de vida. Como ela, tentava tocar-lhe com o seu olhar quente, mas ela quase nem reparava nele, e assim permanecia demasiado na sombra. Apesar da indiferença e das rejeições, mantinha-se firme. Sabia que não sendo ela, havia de encontrar, aquela que o haveria de arrebatar com paixão, aquela que viria repousar na sua doçura. Era só uma questão de deixar aqui e ali umas gomas de carinho, uns rebuçados de amor, uns quadradinhos de prazer. Sabia bem que mais tarde ou mais cedo, conseguiria cativar toda aquela energia. Era só esperar…

O amor é como um puzzle. Todos os dias colocam-se peças no grande puzzle que são os afectos e o amor. Há dias em que se encontram peças que encaixam na perfeição e há dias em que se descobre que houve um engano, que há peças desirmanadas que não encaixam em lado nenhum. Fica ele a pensar que talvez o puzzle onde viveu os últimos anos não seja a paisagem onde quer ficar o resto da vida, que tem de mudar de puzzle porque aquelas peças que pareciam perdidas são exactamente aquelas que são a chave para a felicidade. Urge a mudança e ele sabe que não pode adiar para sempre…


https://www.youtube.com/watch?v=QMIerdR1hO4




Participação de acidente, relato real

Uma amiga minha que trabalha em seguros no ramo de acidentes de trabalho, enviou-me por mail esta participação de acidente de um segurado de uma companhia de seguros. Sendo um relato verdadeiro, mas é tão cómico, apesar de terem resultado lesões graves no "fulano". Ri-me a "bandeiras despregadas" que é como quem diz ri-me até as lágrimas virem aos olhos e me doer da barriga rsrsrs. Aqui vai.

PARTICIPAÇÃO DE ACIDENTE  DE TRABALHO – Relato Veridico

Exmos Senhores

Sou assentador de tijolos. No passado dia 3 de Setembro estava a trabalhar sozinho no telhado de um edifício de 6 andares. Quando acabei o meu trabalho, verifiquei que tinham sobrado muitos tijolos, mais ou menos 250 kg e pensei que em vez de os fazer descer à mão, um a um, decidi coloca-los num bidão que havia no terreno e que poderia utilizar com a ajuda de uma roldana a qual felizmente estava fixada num dos lados do prédio, no 6º andar.

Desci para o terreno e atei o bidão com uma corda. Subi para o telhado e puxei o bidão para cima, e nele pus os tijolos dentro que couberam todos. Voltei para baixo, desci a corda e segurei-a com força de modo a que os tijolos descessem devagar. Ai começou o sinistro. Como eu só peso 80 kg qual não foi o meu espanto quando de repente me senti içado no ar, saltei do chão, perdi a minha presença de espirito e esqueci-me de largar a corda. Acho que comecei a subir a grande velocidade. Lembro-me que na proximidade do terceiro andar embati no bidão que vinha a descer (cruzei mesmo com ele) e isto explica a fractura do crânio e a clavícula partida.

Continuei a subir, mas com menos velocidade, mas só parei quando cheguei ao 6º andar e os meus dedos ficaram entalados na roldana. Felizmente que já tinha recuperado a minha presença de espirito e consegui, apesar das dores, agarrar-me à corda e soltar os dedos da roldana.

Enquanto todo isto se passava cá em cima, o bidão chegou ao chão com um grande estrondo e o fundo partiu-se e ficou sem os tijolos que se partiram e espalharam pelo terreno. Sem os tijolos o bidão pesava mais ou menos 20 kg. Como V. Exas. podem imaginar e como eu estava ainda agarrado à corda cá em cima, comecei então a descer rapidamente e próximo do 3º andar encontrei outra vez o bidão que vinha a subir, e isto explica a fractura dos tornozelos e as luxações nas pernas bem como na parte inferior do corpo. O encontro com o bidão diminuiu a velocidade da minha descida pelo prédio abaixo, o suficiente para minimizar os meus sofrimentos, quando caí em cima dos tijolos que estavam no terreno. Felizmente só fracturei 3 vértebras.

Lamento no entanto informar que enquanto me encontrava caído em cima dos tijolos, sem quase me poder mexer, olho e vejo o bidão lá em cima. Ai perdi novamente a minha presença de espirito e larguei a corda. O bidão, disseram-me depois; pesava mais que a corda e então desceu e caiu em cima das minhas pernas, partindo-as imediatamente. Só me lembro depois de ter acordado no hospital e só 3 dias depois é que consegui ditar a descrição deste acidente. Espero ter dado a informação detalhada para poder ser indemnizado por V. Exas. 

Cumprimentos


https://www.youtube.com/watch?v=-q88tJmDSxM


Já agora mais umas imagens engraçadas, hoje estou com vontade de rir mais que em outros dias. Porquê perguntarão? pois é, talvez porque o Sol e o verão se instalaram, parece que por algum tempo e sendo assim a praia, o sol, o mar e o céu azul são uns excelentes medicamentos para a alegria e bom humor.  

Diferenças entre homens e mulheres

Diferenças climáticas, acho que este está errado, não se diz que o Brasil é um País tropical? então porque estão a tremer de frio agora ?? n18.gif
Diferenças climáticas







As paixões são avassaladoras...e insuperáveis?


Na minha opinião, não há paixões insuperáveis.

A paixão, quando surge, é sempre avassaladora e malvadamente monopolizadora. Há um flash que nos cega repentinamente e faz-se luz: entrou a paixão na nossa alma e tudo o resto deixa de ter sentido.
Vivemos dias de intensa euforia ou de grande angústia da perda. Damo-nos conta que não conseguimos viver sem essa paixão e que todo o nosso mundo gira à sua volta.

Enquanto que a paixão é correspondida, beleza e fascínio ditam todo o nosso tempo. Nada pode interromper esse ciclo de felicidade.
Mas há um dia em que a paixão do outro lado acaba e surge com o fim do júbilo, a mais dolorosa agonia. Sentimos que tudo se desmoronou à nossa volta. Um ser que se nega e o mundo inteiro deixa de ter sentido. Instala-se um vazio mais profundo que as fossas marítimas quando, por dentro, o vulcão continua aceso.

Não é fácil superar uma paixão. É preciso dar muito tempo ao tempo para que todas as feridas tratadas e relambidas possam cicatrizar. É preciso conseguir preencher o vazio de nós e ganhar forças suficientes para conseguirmos abrir o coração de novo.
Na verdade, não há paixões insuperáveis. O que há é um grande medo de voltar a viver, de voltar a ser vulnerável e de dar uma nova oportunidade, a alguém imperfeito como nós e que poderá voltar a magoar-nos.
É muito mais fácil colocar uma paixão no altar da nossa memória, idolatrá-la perpétuamente do que a enterrar no passado e voltar-se para o mundo de coração aberto…


https://www.youtube.com/watch?v=_wyIDyO9I-M

https://www.youtube.com/watch?v=M42pMYwXh0M



A Conta Bancária Amorosa

Poder-se-ia comparar uma relação amorosa a uma conta bancária.Às vezes, investimos em alguém e o saldo é positivo. Chega mesmo a dar juros.

Outras vezes, depositamos tudo numa pessoa e o saldo é negativo. Poupamos para ver render e o que colhemos são apenas dívidas, que o outro nos deixou no coração, por pagar. A maioria das vezes, a conta flutua. Certos dias, os movimentos são positivos, outros dias negativos. Temos que pedir empréstimo para salvar em conjunto o que vai mal ou então simplesmente ficar no banho-maria da poupança.
Quando chegam os dias de crise, as contas ficam congeladas e assim ficam também as relações, mas nem todas. Alguns casais não desistem à primeira dívida e unem esforços para ultrapassar a crise.
Nos dias de hoje, em que as pessoas parecem esponjas absorventes de afecto, adere-se ao sobre consumo e investe-se naquilo que se poderá pagar só daqui a uns meses, aposta-se nos gastos imediatos sem pensar nos juros dos empréstimos que ficarão para o futuro.

Nas relações amorosas, não deveria haver cartões de crédito nem de débito. Talvez um simples mealheiro bastasse, um mealheiro onde todos os dias pudéssemos juntar pequenos tostões de afectos que, mais tarde, pudessem tornar-se um totoloto do amor…

Por via disso as pessoas constroem muros em vez de pontes porque já foram magoadas, rejeitadas, desiludidas, desencantadas ou traídas, porque já lhes mentiram ou se aproveitaram da sua ingenuidade, porque deram quase tudo: os dedos e os anéis, como na canção de Paulo Gonzo, e quase tudo foi demais…
As pessoas reagem com o fogo do dragão à dor ou como animal ferido que lambe as suas cicatrizes, recolhido na sua toca. As pessoas choram, gritam, partem tudo ou simplesmente emudecem e ficam vazias.

Construir muros torna-se imprescindível para a sobrevivência? É preferível permanecerem isoladas que abrir uma porta e arriscar a sofrer de novo? Há pessoas que não constroem um só muro, mas grandes muralhas espessas. Há pessoas que preferem muros de palha e quando vem o vento, esquecem as mágoas.

Um dia, uma janela esquecida é abertura para o muro deixar de fazer sentido. Nesse dia, chega um novo amor para ajudar a cicatrizar o que o tempo não conseguiu…


E hoje uma canção que me toca profundamente, o tema do filme "Les Misérables" na interpretação fantástica de Susan Boyle, um talento que surgiu no concurso "Britain Got Talents" Simplesmente memorável. De estar com atenção, e comover.


https://www.youtube.com/watch?v=LhL40NtnkIA