Bom dia amigas e amigos estou de regresso, para uns serei benvindo para outros nem tanto rsrsrs, já que devem estar a dizer entre dentes lá vem esse “tuga” marado com mais prosápia para chatear ehehehe, é para se lembrarem que existo. Verifico que a minha ausência foi sentida por algumas pessoas, a elas agradeço terem aqui vindo a minha casa mesmo sem eu estar presente. Também às amigas e amigos que me enviaram mensagens privadas, agradeço do fundo do coração terem-se lembrado de mim. Vou tentar responder a toda(o)s o mais breve possível.
Este descanso fez com que reflectisse verdadeiramente sobre as prioridades da vida, repensar amizades, do que podemos e devemos de facto ser e fazer em prol dos outros, uma introspecção impunha-se na minha vida, abandonar certos aspectos menos positivos, abraçar outros mais significativos e que no fundo nos fazem mover neste mundo. É nestes momentos que vemos a quem de facto fizemos falta, ou para quem a nossa ausência nem foi tão importante. Desde há algum tempo que me debato com um dilema enorme, poderei considerar como duas damas terríveis: a Saudade e a Solidão. São muito dificeis de aturar e de se conviver com elas. São tremendamente egoistas e não nos deixam em paz; não fogem, não se retiram. Por isso, resta-me um subterfúgio; tentar enganá-las: rio-me delas e tento fugir para dentro de mim; dentro de mim encontro um mar revolto mas tem ondas, tem cheiro a maresia, tem sol, chuva, vento, frio e calor; tem sal, tem vida, pulsa, sente e toca; e nesse mar revolto procuro uma ilha, uma ilha mesmo deserta onde me possa abandonar e nada mais sentir; olho em volta e continuo a ver esse mesmo mar mas a esperança de ver o nevoeiro dissipar, a esperança de ver que algum barco possa no meu cais aportar, a esperança de que sorrir de novo seja possível esta, a ESPERANÇA; é a terceira dama com que consigo ainda viver.
Esta ausência foi um tempo de reflexão, longo por certo, mas no qual consegui solucionar alguns dos graves problemas que me afligiam, sendo que o mais problemático de todos eles foi resolvido a contento. Só espero e desejo que nenhum(a) de vós seja algum dia confrontado com um rapto de alguém que se ama muito, felizmente Deus ajudou e o apoio de alguns e algumas amigas foram determinantes. Bem hajam.
Artigo Primeiro
É possível falar sem um nó na garganta
é possível amar sem que venham proibir
é possível correr sem que seja a fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.
É possível andar sem olhar para o chão
é possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.
É possível viver de outro modo. É
possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.
Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre livre.
Manuel Alegre
https://www.youtube.com/watch?v=vkEdKhkJUtA