acma1953

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I miss you,I'm gonna need you more and more each day I miss you, more than words can say More than words can ever say
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A Conta Bancária Amorosa

Poder-se-ia comparar uma relação amorosa a uma conta bancária.Às vezes, investimos em alguém e o saldo é positivo. Chega mesmo a dar juros.

Outras vezes, depositamos tudo numa pessoa e o saldo é negativo. Poupamos para ver render e o que colhemos são apenas dívidas, que o outro nos deixou no coração, por pagar. A maioria das vezes, a conta flutua. Certos dias, os movimentos são positivos, outros dias negativos. Temos que pedir empréstimo para salvar em conjunto o que vai mal ou então simplesmente ficar no banho-maria da poupança.
Quando chegam os dias de crise, as contas ficam congeladas e assim ficam também as relações, mas nem todas. Alguns casais não desistem à primeira dívida e unem esforços para ultrapassar a crise.
Nos dias de hoje, em que as pessoas parecem esponjas absorventes de afecto, adere-se ao sobre consumo e investe-se naquilo que se poderá pagar só daqui a uns meses, aposta-se nos gastos imediatos sem pensar nos juros dos empréstimos que ficarão para o futuro.

Nas relações amorosas, não deveria haver cartões de crédito nem de débito. Talvez um simples mealheiro bastasse, um mealheiro onde todos os dias pudéssemos juntar pequenos tostões de afectos que, mais tarde, pudessem tornar-se um totoloto do amor…

Por via disso as pessoas constroem muros em vez de pontes porque já foram magoadas, rejeitadas, desiludidas, desencantadas ou traídas, porque já lhes mentiram ou se aproveitaram da sua ingenuidade, porque deram quase tudo: os dedos e os anéis, como na canção de Paulo Gonzo, e quase tudo foi demais…
As pessoas reagem com o fogo do dragão à dor ou como animal ferido que lambe as suas cicatrizes, recolhido na sua toca. As pessoas choram, gritam, partem tudo ou simplesmente emudecem e ficam vazias.

Construir muros torna-se imprescindível para a sobrevivência? É preferível permanecerem isoladas que abrir uma porta e arriscar a sofrer de novo? Há pessoas que não constroem um só muro, mas grandes muralhas espessas. Há pessoas que preferem muros de palha e quando vem o vento, esquecem as mágoas.

Um dia, uma janela esquecida é abertura para o muro deixar de fazer sentido. Nesse dia, chega um novo amor para ajudar a cicatrizar o que o tempo não conseguiu…


E hoje uma canção que me toca profundamente, o tema do filme "Les Misérables" na interpretação fantástica de Susan Boyle, um talento que surgiu no concurso "Britain Got Talents" Simplesmente memorável. De estar com atenção, e comover.


https://www.youtube.com/watch?v=LhL40NtnkIA