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Nous a rejoint: 2007-03-15
"Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação."
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Mascarando a realidade...


O circo começou...

Vc já percebeu como as coisas NÃO acontecem no país quando a pauta do momento é futebol ou carnaval? Parece que o Governo aproveita que o povo fica “anestesiado” e lança seus “pacotaços” ou “camuflaços”.

Nos últimos dias tem-se visto manifestações de pessoas, algumas conscientes dos seus direitos, outras simplesmente no “embalo”, pois me recuso a acreditar que destruir patrimônio alheio seja um ato de cidadania e/ou protesto.

Já que o levante teve início, seria bem legal (e produtivo) se as pessoas começassem a se conscientizar de seus direitos, afinal as eleições estão quase aí, e se desejam que algo mude, a hora é agora, diga não ao que não lhe parece justo, mas faça-o de maneira “legal”, afinal quando isso não acontece, se perde a razão...

E acima de tudo, se você realmente acredita em algo, vá à luta e não permita que nada e nem ninguém lhe diga o contrário, afinal cada um tem seu modo de pensar e não é preciso ser igual para estar “certo”.

 

Valentina


O texto abaixo foi escrito por uma pessoa que foi “atacada” por ter uma opinião diferente, e para a resposta que ela deu a isso eu tiro meu chapéu...


 “Apenas a título de esclarecimento, aos que respeitam opiniões contrárias, e apenas a esses, é que escrevo agora.

Fui alvo de críticas e agressões acerca de minha opinião avessa ao ‘Bolsa-Família, programa criado pelo Governo Federal há 10 anos. Grande parte optou por uma justificativa simplista:

- “Ah, ela é rica, juíza, elite, fala porque nunca passou necessidades, nunca passou fome...”. Pronto! Essa justificativa encerra a questão e resolve o problema. É uma idiotia de quem nada sabe sobre a vida.

Apenas a título de informação saibam que não sou rica, nunca fui e nunca serei. Meu salário é bom, e com ele, se Deus quiser, nunca passarei fome nem necessidade, mas lutei por ele; e como lutei! Sofri, estudei, trabalhei e lutei, repita-se. Mas isso é outra estória que em outro momento, se interessar a alguém, posso contar.

Contudo, existem outros motivos que levam as pessoas a formarem suas opiniões que não necessariamente as suas condições financeiras. Nunca passei fome, graças a Deus, graças ao trabalho de meus pais, mas, da mesma forma que nunca faltou, também nunca sobrou.

Trabalho desde os 18 anos de idade, quando me submeti a concurso público e fui ser funcionária pública, trabalhar oito horas diárias e ganhar menos do que um salário mínimo, apesar da Constituição Federal já vedar tal conduta. Mas como já disse, isso é outra estória.

O final de semana que passou retrata exatamente um dos fatores que me levam a formar a opinião que tenho. Um simples “boato” de que o ‘Bolsa-Família’ iria acabar, foi suficiente para causar um caos em várias agências da Caixa Econômica Federal. Uma pessoa me disse que teve que pedir dinheiro emprestado para sair do seu sítio para receber o ‘bolsa-família’, “antes que acabasse”...

A pergunta é: de que viveriam essas pessoas, se o ‘bolsa-família acabasse? A minha resposta: passariam ainda mais fome do que tinham quando começaram a recebê-lo. E sabem por quê? Porque agora, com a certeza do “benefício”, do óbolo, elas não se propõem mais a trabalhar, ou a estudar e se profissionalizar. Enfim. Estão escravizados à merreca que recebem, como qualquer dependente químico da droga que consomem. É a isso que me oponho.

Quando esse “programa social” foi implantado a situação das pessoas era caótica, lastimável. Hoje elas estão sendo tratadas como inúteis, como incapazes. A partir do momento em que se implanta um ‘programa assistencialista’ como esse, sem uma política paralela de reestruturação, de capacitação para o restabelecimento de condições de trabalho, de autossustento, enfim, de busca por uma atividade que traga um mínimo de independência como contrapartida pela ajuda oferecida pelo estado, ou esse estado passa a considerar essas pessoas como não tendo capacidade alguma para tal ou, simplesmente, não se está querendo ajudar, mas tão somente escravizar, ou seja, obter delas a única coisa de valor que têm a oferecer: o seu voto – e a preço módico. É no que acredito.

A ONU, embora, por um lado, elogie o programa, por outro critica o assistencialismo populista e demagógico com o consequente apelo político que ele gera. Segundo essa organização internacional, o ‘bolsa-família’ – que antes era chamado de ‘bolsa-escola’ e exigia a contrapartida das crianças e adultos analfabetos estarem cursando o ensino fundamental – rendeu muita popularidade e votos, mas as DESIGUALDADES continuam elevadas e os progressos obtidos são pífios.

Como programa de caráter EMERGENCIAL, o ‘Bolsa-Família’ foi importante, mas onde está a tão decantada “inclusão socioeconômica” sustentável dos seus beneficiários?

O saudoso Luiz Gonzaga já dizia em uma de suas canções, de composição com Zé Dantas:

 – “Seu Doutor, uma esmola para o homem que é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão...”.

É nisso que acredito desde muito antes de me tornar Juíza.

A Coordenadora do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil afirmou que, da forma que o programa funciona, não tem sido útil para ela identificar e retirar as crianças do trabalho e que esse programa não tem impacto nenhum na redução do trabalho infantil.

Vejam a entrevista de Frei Beto (que não é juiz, mas apenas um ex-clérigo e doutrinador comunista), um dos líderes do ‘Fome Zero’ – outro programa assistencialista caça-votos – e me digam o que acham.

O programa existe há dez anos e pouquíssimo foi mudado na vida dessas pessoas. O que foi feito de efetivo para reestruturar essas famílias?

Visitem as casas dessas pessoas e me digam o quanto mudou! Enquanto apresentam índices de redução de evasão escolar, em razão do que era o ‘Bolsa-Escola’, os adolescentes que passam hoje pela Vara que ocupo não sabem a data de seus nascimentos, não sabem o seu nome completo, não sabem o nome de seus pais e, pasmem, não tem a menor idéia de seus endereços. Que noção de civilidade esses meninos têm?

Quem ou o QUÊ vai dar essa noção de civilidade, se um programa SÉRIO de educação, capacitação, dignificação das pessoas não começar a ser ativado imediatamente?

O ‘bolsa-família não dignifica. Escraviza. Vicia no ócio. É o que acho.

As pessoas se tornam escravas da vontade política e não formadoras dessa vontade. E isso para mim é um FAZ-de-CONTA, sim.

Não disse que a Presidente é uma faz-de-conta. Disse que o Brasil é um País de faz-de-conta.

Da mesma forma que fazem de conta que cumprem o ECA, que existe há mais de vinte anos, não o cumprem. Nunca o cumpriram.

Como eu posso cobrar algo de alguém a quem eu nunca dei a chance que produzisse esse algo? As pessoas não podem viver de esmolas. Precisam aprender a andar com as próprias pernas e precisam saber que isso é da responsabilidade delas também.

É dever dos Governos Federal, Estadual e Municipal prover as condições de escolaridade que dê aos cidadãos a capacidade mínima de escolher seus meios de vida e seus dirigentes e representantes sem que isso dependa de uma esmola sine qua non e que as pessoas possam seguir com suas vidas na dignidade que cada profissão oferece, porque todas elas a têm.

Vejo mulheres jovens e saudáveis pedindo dinheiro nas ruas. Cada uma com seus três ou quatro filhos. Mas nenhuma pede um emprego. Por quê?

Os senhores têm idéia de quantos cartões desse programa estão nas famosas “bocas de fumo”?

Vejo homens jovens e saudáveis nas portas dos bares ou papeando nas esquinas em pleno dia da semana. Porque não estão trabalhando? Qual o trabalho que as políticas públicas oferecem ou a simples, mas fundamental capacitação para eles?

É certo que existem alguns programas profissionalizantes. Mas são tímidos, limitados, e não recebem a milésima parte do investimento que o programa de “caridade” gasta, com essa barganha evidente to “toma lá e dá cá o seu voto”.

Ao quê isso vai nos levar, senhores? Ao quê nos levou até agora? Como estão essas pessoas? Sem fome? Tem certeza que R$ 130,00 (cento e trinta reais) realmente mata essa fome? Piada de humor negro...

Não sou contra partido político algum. Sou contra políticas públicas inúteis, mal intencionadas e danosas ao futuro da nossa gente e nação. Sou e serei sempre. É a minha opinião senhores.

Respeitem-na. Discordem dela, mas a respeitem. E não sejam tão simplistas assim. As coisas não são simples e não podem ser “explicadas” dessa forma populista e demagógica como tem sido a prática dos governos na última década, principalmente por quem não me conhece.

O homem precisa ser dignificado e não escravizado ou comprado por aparentes favores de seus governantes. As pessoas continuam sofrendo com a seca... Absolutamente TODAS AS PESSOAS, TODOS OS ANOS, HÁ DÉCADAS. E o que foi feito da política de irrigação, da política que permaneça que se perpetue e que de fato transforme a vida do sertanejo do nordeste, onde – todo mundo sabe, menos o governo – a água está no subsolo e não na superfície?

É contra isso que sou. Sou nordestina com muito orgulho e me sinto humilhada com notícias tais como as divulgadas no Jornal Nacional mostrando pessoas “famintas” na porta do Banco para receberem suas migalhas governamentais.

Não precisamos disso. Somos inteligentes e capazes. Temos força e vontade de trabalhar. Só precisamos de oportunidades e onde elas estão? Onde está a água das chuvas do ano passado?

Bem. Não sei se melhorei muito a situação. Mas, se piorei, não foi essa a minha intenção. Precisava apenas explicar os meus motivos.

Aos que me criticaram com decência, fico com as críticas para refletir sobre elas na construção de minhas opiniões futuras.

Aos que apenas me agrediram gratuitamente, fico com a dor que me causaram e com o consolo de que o tempo cura quase tudo.

Aos que perderam alguns minutos de suas vidas para lerem essa minha resposta, agradeço a atenção.

A todos, reafirmo: esta é a minha opinião. Não a de uma Juíza, mas a de uma mulher que quer muito mais do que ESMOLAS para o cidadão brasileiro e, principalmente, para os jovens adolescentes.

Que Deus esteja conosco!”

Cajazeiras – PB, 26 de maio de 2013.

                                                                                                                                                                              Adriana Lins de Oliveira Bezerra

                                                                                                                                                                             Juíza de Direito, eleitora e cidadã



Pra vc rir e se surpreender...


Se vc está à toa e a fim de dar muita risada, dedique alguns minutos e a.ssista ao vídeo abaixo, é diversão na certa...


http://bit.ly/199sEoo
http://globotv.globo.com/rede-globo/programa-do-jo/v/jo-bate-um-papo-com-gueminho-bernardes/2623027/



E aproveitando, veja a diferença entre uma realidade e uma "utopia":


Este vídeo mostra o desembarque num pequeno porto da Grécia
https://www.youtube.com/watch?v=FaYxjlRag3Y

http://www.youtube.com/watch?v=FaYxjlRag3Y

E este vídeo mostra a solução para os problemas do transporte coletivo
https://www.youtube.com/watch?v=eR31fGanCpg

http://www.youtube.com/watch?v=eR31fGanCpg









Afinal, o que vc precisa?

“Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão.

Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelos produz felicidade?'

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'.

Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'.

'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...'

'Que tanta coisa?', perguntei.

'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada.

Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação!

Estamos construindo super-homens e super mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.

Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias!

Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto?'. 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!'

Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual. Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais...

A palavra hoje é 'entretenimento'; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se  apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela.

Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, vestir este tênis,  usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!'

O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.

O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, autoestima, ausência de estresse. Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno.

Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping-center. É curioso: a maioria dos shoppings-centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...

Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Deve-se passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno...

Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald...

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático.' Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia:... "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz!!””

 Frei Beto

 


Pra não passar em branco…



5 de junho: Dia Mundial do Meio Ambiente 


“O Dia Mundial do Meio Ambiente foi criado pela Organização das Nações Unidas em 1972 para marcar a abertura, no dia 5 de junho, da Conferência de Estocolmo, que foi a primeira reunião com representantes do mundo inteiro para discutir a relação entre o homem e a natureza.

A partir desta data, a preservação ambiental passou a ser discutida pelos países e começou a se tornar uma preocupação para as pessoas. Neste dia também foi criado o Programa Ambiental das Nações Unidas, com o propósito de promover essa conscientização.

Para este ano, de 2013, o tema levantado pela ONU é o desperdício de comida. Você sabia que todos os anos 1,3 bilhão de toneladas de alimentos vão para o lixo? Isso daria para alimentar toda a população do mundo que ainda passa fome, segundo as estimativas, 870 milhões de pessoas.

E você? O que faz para evitar o desperdício?

Portal EBC

Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0




A língua aqui e ali...


Língua é uma coisa complicada, quando usada aqui pode dizer uma coisa, já lá pode ter um significado completamente diferente...

Olha a mente poluída, já basta a minha... hahaha

Recebi o e-mail abaixo e não conferi nada porque algumas palavras/expressões eu já conhecia então supus que todas as outras estivessem corretas, mas se houver algum erro, peço desculpas e que me avisem para que eu os corrija.

 

FALAMOS A MESMA LÍNGUA?

 

“Relato sobre um casal português de passagem por Pernambuco:

Ainda no aeroporto, pediram uma água fresca lisa (gelada e sem gás), pois tinham comido no avião uma punheta (bacalhau cru desfiado, servido como tira-gosto).

Após a água, nosso amigo tomou uma bica (cafezinho).

Foi ao salva-vidas (sanitário) e disse-nos que o autoclismo (descarga) funcionou com dificuldade.

Na rua, viu os almeidas (garis) recolhendo monstros (entulhos). Perguntou-nos como estava nosso puto (adolescente) e se as canalhas (várias crianças) de meus irmãos estavam bem.

Se a SIDA1 (AIDS) estava sendo contida nas campanhas com o uso do durex2 (camisinha, pois a fita durex lá se chama fita-cola).

Desejou passar num armarinho e ao chegar queria comprar alfinetes e pregadeiras (broche em Portugal significa sexo oral realizado pela mulher no homem).

Na farmácia compraram também um penso (curativo) porque algo sentia no pé. E, como a mulher estivesse com história3 (menstruada), queriam também um penso higiênico (absorvente íntimo), pois já estava sujando a cueca (calcinha de mulher). Aproveitou e adquiriu um adesivo (esparadrapo) para proteger o pé do sapato, que estava apertando.

No bar, perguntou se havia no recinto muito paneleiro (bicha) que não honrava a pila (pinto) e fufa (sapatão) com cara de gajo (rapaz). Tomou algumas cervejas de pressão (chopinhos) e pagou a conta ao empregado de mesa (garçom).

Pela manhã, na praia, admirou-se com a pronta ação do banheiro (salva-vida), ao retirar do mar uma rapariga (moça) que se afogava. Ficou impressionado com passageiros que viajavam dependurados no autocarro (ônibus).

Achou um giro (legal) o movimento na Praia de Porto de Galinhas.

A todo momento passava a mão no saco4 (bolsa a tiracolo de homem e de mulher), preocupado com pivetes.

Achou uma ponta (excitação sexual) os biquínis sumários existentes.

Comprou carne de borrego (carneiro novo) no talho (açougue) e levou para guardar no nosso frigorífico (geladeira é um termo completamente desconhecido).

Gostou do nosso andar (apartamento), por ser muito ventilado, no sexto piso5 (andar).

Estranhou o ardina (jornaleiro) vendendo na véspera o jornal do dia seguinte (convenhamos que essa mania brasileira é, realmente, muito estranha!).

Se a propaganda da Caixa Econômica Federal fosse feita em Portugal seria "Vem para a boceta (caixa) você também. Vem!". Essa palavra se usa com freqüência nos meios de comunicação e o palavrão6 correspondente é crica ou cona.

Na farmácia, é comum se perguntar se vais "tomar a pica no cu," significa aplicar uma "injeção na nádega." Só se configura o palavrão se se disser "no olho do..."

Na padaria disse não gostar de "entrar no rabo da bicha para pegar o cacete7" (entrar no fim da fila para pegar o pãozinho).

Ajustar o breque é o mesmo que soltar um pum. Breque, para os cariocas, freio para os paulistas, em Portugal é travão.”

 

 

As observações que seguem são minhas:

1.      (SIDA): no castelhano é igual, é apenas a maneira “correta” de dizer síndrome da imunodeficiência adquirida, uma vez que AIDS são as iniciais da doença em inglês.

2.      (durex): na verdade, Durex é uma marca de fita adesiva e não a fita em si, apenas se convencionou isso pelo costume e se não me engano, em inglês, durex também significa camisinha.

3.      (história): adorei essa “tradução”, afinal a menstruação (e principalmente a falta/atraso dela) dá margem a muitas histórias.

 4.      (saco): gostei dessa, em português “brasileiro” um significado, no português “português” outro, e no castelhano outro (casaco/blusa de frio).

 5.      (piso): no castelhano também significa andar. Fiquei pensando o seguinte: e se um andar tem dois níveis? Ah, é mezanino (o meza vem de onde?)

 6.      palavrão??? Aqui indignei!!! Desde quando a genitália feminina é ofensiva??? Só para aumentar as diferenças, em castelhano esse “palavrão” é concha.

7.      (cacete): não tenho certeza, mas acho que em Porto Alegre o pãozinho se diz cacetinho.


O resumo da ópera: nem sempre o diferente é tão "estranho" assim...


Valentina