.anitnelav

 
belépett: 2007.03.15
"Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação."
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Destoando...

Já que estamos numa época de reflexões, quis “balançar” (ops, fazer balanço da... rs) minha vida, e encontrei um texto que  descreve perfeitamente esse “balanço”:

 

"Aprendi que amores eternos podem acabar em uma noite, que grandes amigos podem se tornar grandes inimigos, que o amor sozinho não tem a força que imaginei.

Que ouvir os outros é o melhor remédio e o pior veneno, que a gente nunca conhece uma pessoa de verdade, afinal, gastamos uma vida inteira para conhecer a nós mesmos.

Que os poucos amigos que te apóiam na queda, são muito mais fortes do que os muitos que te empurram.

Que o "nunca mais" nunca se cumpre, que o "para sempre" sempre acaba, que minha família com suas mil diferenças, está sempre aqui quando eu preciso.

Que ainda não inventaram nada melhor do que colo de mãe desde que o mundo é mundo, que vou sempre me surpreender, seja com os outros ou comigo.

Que vou cair e levantar milhões de vezes, e ainda não vou ter aprendido tudo."

 

William Shakespeare

 

 

Dias atrás escrevi em uma nota que acho hipócrita a época do Natal, mas como eu estava em casa alheia, não me senti no direito de aprofundar o tema, mas aqui posso rasgar o verbo.

Você já percebeu como nesta época todas as pessoas ficam boas, complacentes, inimigos se tornam melhores amigos, divergências são deixadas de lado? E o que há de errado nisso? Bom, se isso fosse o começo de uma nova etapa, seria simplesmente sensacional, mas o fato é que passada essa época “mágica”, tudo fica como dantes no quartel de Abrantes...

O que guia a minha vida é o respeito, aceitar o diferente, mesmo não concordando com ele. Tenho origem judaica, no entanto não sou “ortodoxa”, então eu não comemoro o Natal pelo seu significado religioso (apesar de saber qual é), e sim pela união da família, porque era o dia em que nos reuníamos (mamãe aniversariava no dia 26). E esse é o real sentido que eu vejo dessa data, mas o que realmente me incomoda é que parece que as pessoas somente dão uma “trégua” ao que as perturba, e não tentam fazer dessa paz “temporária”, a compreensão e a solidariedade o habitual de suas vidas.

Por todas essas razões é que considero hipócrita essa data, ver pessoas desejando tudo de bom a alguém quando na verdade querem mandá-lo à merda, pessoas posarem de boas cristãs (existem maus cristãos?) quando passaram a maioria dos dias julgando os outros (peço desculpas aos magistrados, que com certeza aqui há muitos... rs), tomando a sua vida como referência de bons atos, bom tudo.

Faça a sua parte: dê aquilo que você deseja receber (sem sacanagem, também tenho momentos sérios... raros, mas os tenho... rs), o retorno desejado é mais provável quando dizemos e agimos como o que queremos receber.

Tudo isso posto, não te desejarei um Feliz Natal; desejo sim que todos teus dias sejam reflexos da magia que existe nesta época, que você se lembre de tudo de bom que estes dias inspiram e estenda-o para todos os demais dias, até que o próximo Natal chegue e tudo recomece...

 

Beijos a quem é de beijo, abraços a quem é de abraço.

 

Valentina