oies, bom dia!
que seja doce...
sobre saber ouvir...
do livro: O palhaço e o psicanalista, DUNKER & THEBAS, Christian & Cláudio
os autores fixam a ideia de que é necessário escutar o outro e mais ainda se auto-ouvir
“[…] quando realmente escutamos alguém, isso nos coloca na situação de alguém que recebeu um presente. As palavras do outro são aquilo que muitos têm de mais precioso, no entanto, em geral, é dado mais valor aos objetos que circundam a troca de palavras. Por isso, para escutar alguém é preciso algum sentido de generosidade que nos coloca em gratidão com o que recebemos”.
"Tem gente que se orgulha em dizer que fala o que vem a mente. Quem não conhece alguém assim? Aquele que se vê como o "super-sincero". Ou, aquele que "sem papas na língua", não tem rodeios para falar. Na verdade, tais pessoas são os chatos e neuróticos. São aqueles que não conseguem escutar a si mesmos.
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Aqueles que falam sem considerar os ouvidos dos outros, na verdade, revelam a própria surdez. Não conseguem ter um escuta própria, se tornam ignorantes, no sentido, de não saber daquilo que falam. A surdez se transforma em um verdadeira "metralhadora giratória" ao outro. São totalmente indiferentes aos efeitos que as palavras vão causar no outro. As palavras se tornam "armas" e muitos são aqueles que são atingidos, feridos e machucados por pessoas que falam para não escutarem a si mesmas. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Tais pessoas tem tendência à imposição, a medida que apenas sua opinião é a melhor. Não são cordiais ao diálogo e as diferenças de opiniões. Estão tão surdos a si próprios, que acreditam ingenuamente, que suas verdades devam ser seguidas, assim, desprezam e entulham os ouvidos dos outros com suas palavras totalitárias. Podem até serem bem intencionados, todavia, por serem surdos de si mesmos, se tornam chatos.
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Escutar a si mesmo é uma necessidade para um saudável diálogo.
Escutar as próprias palavras, as falhas e tropeços que a fala produz é o começo do bem-dizer."
pag.25 - O palhaço e o psicanalista
beijos e carinho, bell
