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Ai de mim, se me negar a ser o que Ele quer que eu seja.

1 Coríntios 9:16 - Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!

Ao explicar Seu ministério de pregador, Paulo faz questão de dizer que sua atividade nada mais é do que uma resposta obediente à vocação que o Senhor lhe deu: "Ai de mim, se não pregar o evangelho" (I Coríntios 9:16).

Existe no nosso meio, uma postura leviana, quando o problema da vocação é enfocado. A tendência de alguns é enfatizar apenas o lado do Espírito Santo: é Ele quem distribui Seus dons. Portanto - o raciocínio continua - o Senhor nos chama, mas nós temos a liberdade de decidir se podemos ou não cumprir a vocação. Neste contexto, aliás, muitas vezes é citado inadequadamente o "muitos são chamados, mas poucos os escolhidos..."

Paulo, escrevendo aos Coríntios sobre sua vocação, assume uma atitude de obrigatoriedade. Para o Apóstolo, o crente não deve pensar que cumprir sua vocação seja uma questão opcional. Nossa vocação, qualquer que ela seja, faz parte do plano divino, para o estabelecimento do Seu Reino. Dizer "não" ao chamamento divino é dizer "sim" a uma vida espiritualmente absurda. Na qual, mesmo sabendo o que é que nos completa, na vida abundante que o Senhor quer nos conceder, mesmo sabendo de nossa responsabilidade pessoal, optamos por não cooperar, por não fazer nossa obrigação. Se minha vocação é ser professor, ai de mim se não ensinar. Se minha vocação é ser diarista, ai de mim se decidir não cuidar bem da casa.

Ai de mim, se me negar a ser o que Ele quer que eu seja.