Mae , Golpismo, desrespeito à Nação, à democracia, à vontade popular exercida através do voto - é inaceitável, e dar um golpe nos tempos atuais já seria uma ação obviamente desprovida de qualquer nexo. Mas mais espantosamente vergonhosa é a forma atabalhoadamente ridícula como os vagabundos agiam para chegar a seus intentos. Tão vulgares e patéticos a ponto de não terem nada de minimamente razoável a apresentarem comoí justificativa. Mito, mito, mito. Tudo feito na cola de um mero mocorongo descabeçado que na vida cismou de se aparentar a Hitlers e Mussolinis.É mesmo espantosamente vergonhoso mas o doloroso é que metade da população acredita neles. É só ver os comentários na grande mídia: dizem que é perseguição, transformam o mito em mártir, programam grandes manifestações no caso de prisão dos envolvidos e há inclusive os que acham que o golpe foi uma grande ideia, o país estaria melhor numa ditadura de direita.Sim, falta inteligência aos golpistas e ao chefe deles, o platelminto. Mas sua estupidez não os inocenta, pois também lhes faltam escrúpulos, decência, dignidade, vergonha na cara, honestidade e um curso intensivo de língua portuguesa. Sobram-lhes a ousadia de toda índole criminosa e autoritária, o talento para a farsa, a alergia ao trabalho, apego a benesses do Estado, o desprezo pelo Brasil, o amor à mentira e à truculência. Golpismo civil ou militar é um modo de corrupção e se o golpista é pouco inteligente, nem por isso é menos corrupto. Seu lugar é na cadeia e entre os dejetos da história.
Meu inimigo Tempo
Certa vez disseram-me:
Mudar é inevitável!
E de fato é verdade, pois o mundo em que vivemos hoje é tão líquido e volátil que, se forma e se transforma tão rápido quanto a própria necessidade que temos de sermos felizes.
Sim, mudar é inevitável,
Mas também é fato que, não é nada fácil deixarmos para trás aquilo que nos apegamos,
Pois tudo passa, o tempo passa e vai arrastando tudo com ele,
E ao que me parece, o tempo está a cada dia com mais pressa,
Pois tudo tende a passar a cada dia, cada vez mais rápido,
Tão rápido que a tendencia é, nem termos mais tempo de nos apegar a nada,
E isto é um grande problema,
Pois pessoas como eu, têm o péssimo hábito de não querer que nada mude,
Pessoas como eu, têm o péssimo hábito de não querer que o presente vire passado,
E quando se vê,
Já se está parado no tempo ou olhando para trás agarrado em alguma saudade.
Sim, mudar é inevitável,
Mas para tal,
É extremamente importante durante a vida,
Irmos aprendendo a dizer adeus.E se até aqui não fui suficientemente claro, sim!
Eu gostaria que o tempo parasse,
Ao menos um pouco, ao menos por um instante,
Pois quando olho lá na frente, não vejo nada que mude para melhor,
Tampouco o ser humano!Mudar até pode ser inevitável,
Mas se a real importância de algo,
Pode ser medida pelo tamanho do esforço exercido em tentar esquecê-lo,
Então, sendo eu conhecedor de tal esforço,
Sigo mesmo que tolo agarrado a esta saudade,
Onde acredito termos sido melhores e certamente...
Mais felizes.
Lírio Nunes.
Um fracasso amoroso
"... então perguntei a mim mesmo: Deve a fé ser cega?
Por que deve vir da necessidade que as pessoas têm de acreditar?
Somos todos nós tão lamentáveis em nosso desejo em ficar livres do fardo que abraçaremos o cristianismo ou outra asserção da autoridade de Deus.
Olhem ao redor.
A autoridade de Deus reduz todos nós, onde quer que estejamos no mundo, qualquer que seja a nossa tradição, a uma vil submissão. Então onde se deve encontrar a verdade?
O ecumenismo é politicamente correto, mas qual é a questão?
Se a fé é válida em todas as suas formas, estamos meramente fazendo uma escolha estética quando escolhemos Jesus?
E se vocês dizem: não, claro que não, então devemos perguntar: Quem são os eleitos caminhando abençoadamente pela verdadeira trilha da salvação... e quem são os outros, os desorientados?
Podemos dizer?
Será que sabemos?
Nós achamos que sabemos - claro que achamos que sabemos.
Mas como distinguir nossa verdade da falsidade do outro, nós da verdadeira fé, exceto pela história que acalentamos?
A nossa história de Deus. Mas, meus amigos, eu lhes pergunto: É Deus uma história?
Podemos, cada um de nós examinando nossa fé - quero dizer seu puro centro, não suas consolações, nem seus hábitos, nem seus sacramentos rituais -, podemos continuar acreditando no coração de nossa fé que Deus é a nossa história sobre Ele?
Pretender encerrar Deus nesta nossa história cristã, abraçá-Lo, circunscrevê-Lo, o autor de tudo que podemos conceber e de tudo que não podemos conceber... em nossa história Dele?
Ou dela?
OU DE QUEM?
Do que em nome de Cristo achamos que estamos falando!"
E. L. Doctorow, em DEUS - Um Fracasso Amoroso
O Homem Duplicado
Bom dia .
Viver ...
Conviver ...
É complexo conviver com as diferenças , aqui mesmo no site , no espaço blog , percebo isso faz muito tempo .
Desde o primeiro dia que decidi participar do espaço , sabia eu que seria assim .
Mas respondendo ao grande escritor , sim José , nossa espécie vale à pena .
Sou um otimista nessa questão .
Por outro lado fico pensando também : será que não é mais difícil conviver com as semelhanças ?
" O espelho dissolve o tempo
O espelho aprofunda o enigma
O espelho devora a face. "
Ah meu amor , sei que vc teria muitos argumentos para contramor meu pensamento , e sei também que vc vai ficar um pouco mais desapontada comigo ao ler isso ...
Mas olha , espelhos são esquecidos viu ...
O poder do contraste
Bom dia .
Sempre me intrigou o poder afrodisíaco do contraste entre a pele bronzeada e a não exposta.
Minha hipótese é que, quando visível, ele manda uma mensagem: “se você está vendo, é porque eu quis te mostrar… só pra você!”
Funcionaria como uma exibição de desejo, não apenas de pele.
E poucas coisas são tão atraentes quanto o desejo de alguém por nós…
Por oposição, o corpo bronzeado por inteiro, de quem pega sol sem roupa, banaliza a nudez, não a torna pessoal e intransferível.
Tenho um conhecido que dizia: " Não sei porquê as mulheres se bronzeiam se o que interessa mesmo é o branquinho"
Por outro lado , sem bronze, tudo é branquinho, portanto nada é branquinho. Um depende do outroné não ?
Se pessoa é sexy ou sensual para outra, pode ser monocromática, listrada, vestida, nua, magra, gorda, nova, velha.
Mas não é uma situação comum ou fácil de acontecer.
Se não é esse tipo "imbatível", tem-se que descobrir em qual versão passará a ser.
Isso seria o mais comum.
Seria mais individual, sem um genérico estatístico, como é a minha hipótese para a “marquinha”.
Uma possibilidade a conferir é a ideia de se imaginar o atrevimento e a ousadia libertária de quem se bronzeia nu, e isso ser um atrativo.
Acho que a marca também lembra demais a roupa, como se desse a impressão de que a pele não está de fato absolutamente "nua". (Não gosto de tatuagens pelo mesmo motivo.)