acma1953

 
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Conversa com uma ex

Já aqui confessei diversas vezes ser um homem dedicado a causas, todas elas; mas muitíssimo dedicado a uma em especial, ao AMOR. Também me confessei algumas vezes por aqui, como sendo um homem fiel aos amores e às paixões, dedico-me, dou tudo de mim, e admito que muitas vezes esse tudo seja pouco para a outra pessoa ou possa até ser demais ao ponto da outra se sentir sufocada,asfixiada se o termo é correcto. Durante toda a minha vida podem contar-se pelos dedos de uma mão as vezes que vivi em conjunto com outra mulher, e quase sempre, com 2 excepções; por períodos curtos. O que descrevo seguidamente são alguns momentos que percorri em conjunto com uma dessas paixões, uma delas tão fugaz que nem quase tive tempo de saber quem ela realmente era rsrsrs. Ora aqui vai um breve diálogo que existiu entre mim e uma boa amiga e outro entre eu e a dita cuja rsrsr:


Conversa com uma amiga em 2008

Ela - Tenho quarenta anos e ainda ando à procura da minha alma gémea. Tu, ao menos, já encontraste a tua.

Eu - Não encontrei nada.
Ela - Não?! Pensava que tu e a Raquel...
Eu - Sendo muito sincero, nunca quis encontrar a minha alma gémea. Para quê iria eu apaixonar-me por uma alma idêntica à minha?! Que grande seca! O que sempre procurei no Amor, foi encontrar uma alma diferente pela qual me apaixonasse, que seja inteligente e culta quanto baste, que tenha algumas coisas em comum comigo, que seja bem humorada e alegre, que ria muito e que saiba apimentar uma relação.
Ela - Arranjas sempre forma de me confundir.
Conversa com a dita... sobre rosé (vinhos)
Os portugueses em geral detestam o vinho rosé. Inventaram-no, mas não o bebem, e dizem-no com orgulho. Tive uma namorada que me olhava de lado sempre que eu me servia um copo de rosé.
- Isso não é vinho! - tugia ela.
Eu gosto de rosé. Na verdade, posso dizer que um rosé bem geladinho é admirável e sabe muito bem. O rosé é o melhor de dois mundos: o mundo do tinto e o mundo do branco. Aliás, sempre que eu abria uma garrafa de rosé, ela abria uma de tinto ou de branco. Os dois bebíamos como se, naquele preciso momento, houvesse uma enorme cratera a separar-nos. Eu, sempre com a sensação que tinha mais mundo do que ela.
Namorámos, sei lá... talvez uns três meses. Quando ela se foi embora apertou-me a mão. Deu-me um passou bem, por assim dizer, e segredou-me que devia ter adivinhado que não podia ter uma relação com um homem que bebia rosé.
Perguntei-lhe se não me dava um abraço de despedida. Que não, respondeu ela. Os abraços dão-se quando existe Amor. Fiquei fo####. Vi-a fechar a portar de casa e, pela janela, afastar-se lentamente até se diluir no horizonte. Os abraços dão-se quando são precisos, pensei. 
Eu precisava dum abraço. É esta mania das purezas que me revolta. Abraços puros, Amores puros e vinhos puros. Eu queria um abraço, mesmo que não tivesse a pureza do Amor. Precisava dele. O rosé, por exemplo, não é puro. Mas sabe bem...

https://www.youtube.com/watch?v=lyOYo99xlDk

https://www.youtube.com/watch?v=NAJvSb2Re3A