✩bell

Divirto-me em viver, deixe-me sonhar, criar minhas ilusões, viver meus encantos, amar, o hoje e agora é só o que importa...o hoje permanecerá enquanto quisermos, enquanto o encanto reinar...

Divirto-me em sonhar, vem..

Divirto-me em inventar saudades, questões, amores insubordinados, dores que rasgam o peito e depois são costuradas por personagens bonitos.

Deito-me nas ilusões criadas para passar o tempo e tenho muita intimidade com coisas absurdas, mas que brotam feito árvore no meio do nada para apaziguar os meus dias.

Vivo historias,

Degusto fábulas,

 harmonizo contradições,

 viajo entre duendes, fadas, monstros e me esquivo da materialidade frágil.

Alegro-me com as linhas que vou tecendo, pois levo as palavras tão longe que nenhuma realidade cruel, alcança.

 E assim vou enrolando a saudade em papel colorido para lembrar que a história teve uma cor bonita.

Vou imaginando cada fatia do tempo presente, como uma carta escrita em tempo real, mas cheia de caminhos perfumados por alecrim espalhados no meio da estrada.

Falo da sonoridade das palavras que invento, mesmo sem nenhuma tradução aceitável. 
Espalho-me no que criei e dou a lógica apropriada.

Por hora,ainda não proibiram sonhar...Por hora, o encanto vigora...Por hora é o aqui e agora...Por hora...

beijos e carinho, bell

me comparo ao mar, dias calmos de águas azuis cristalinas e outros, quando há tempestades, de ondas gigantescas e turbulentas, e nesse vai vem das marés da vida que tenho levado, enfrento ondas-saudades...linda analogia essa  de comparar a saudades à uma onda....vem trazida pelos ventos, forma-se alta, forte, às vezes aterradora , outras encantadoras  e ambas morrem na praia calmas e cheia de espumas, mas continuam a integrar o mar, esperando novos ventos no vai e vem da vida.

compartilho texto de Fabíola Simões “ a saudade é alma vestida de doce melâncolia"

Acabo de ler o delicado “Vermelho Amargo”, de Bartolomeu Campos de Queirós. Lá pelas tantas, cheio de poesia, o autor diz: “Fui, desde pequeno, contra matar a saudade. Saudade é sentimento que a gente cultiva com o regador para preservar o cheiro de terra encharcada.” E parei para pensar na saudade, esse sentimento que de vez em quando dá as caras e tem tanto a dizer sobre nós.

beijos e carinho, bell