No sofá de seda ondulado, que mais parecem dunas lascivas, o meu corpo é acolhido e, repousa.
Vejo-te de costas voltadas para mim a trabalhar.
A minha perna escorrega do roupão e, o restolhar da seda fez -te olhar. Aproximas-te e, vibro de excitação. De olhos semi fechados para melhor ouvir, a tua sombra invade-me, os teus murmurios são doces, suaves… provocantes.
A minha mão morna desliza para o teu seio e, a duna é coberta com a tua sombra,
Os teus beijos quentes e húmidos, são um vendaval que assolam as minhas terras, causam-me arrepios, como bagos de areia num horizonte de prazeres.
O teu rosto descansa na minha barriga, a tua mão desliza sobre a minha coxa… ajoelhada, estás numa oração suculenta de prazer, aprimorando o teu desejo de me fazer reagir em qualquer momento… encorajo-te com o meu silêncio e, entrego-me lascivo e imóvel.
O “grão” da minha epiderme arrepiado, acalenta promessas vagas, envolves-me na tua febre de desejo, abrigo-te nos meus braços sobre o… tapete persa.
Apoiada no sofá ofereces-me as tuas nádegas bem esculpidas, dunas… desejáveis
Enlaço a tua cintura e faço-te ondular como, tempestades de areia deslocando nuvens líquidas no deserto… sedento.
A prova da tua feminilidade, que sinto húmida na minha carne é um eco suave de excitação… o meu desejo de ti mas, recuas um pouco. O meu ventre impacienta-se guloso das malicias doces dos teus dedos.
As minhas mãos deslizam à tua intimidade e, com a palma da mão acaricio a pele entre as tuas coxas quentes.
E este jogo prossegue e, é irreprimível… incontrolável. Avanças lentamente no meu rio quente, indo e vindo, ganhando um pouco de cada vez.
O meu pensamento abandona-me e meu corpo retoma a… satisfação, o gozo.
Entro no teu ventre em delírio, o meu… vibra.
O calor é intenso dentro, fora uma… canícula dos sentidos.
A tempestade enreda-nos e, o olho do ciclone empurra-nos para o firmamento de um orgasmo divino onde todo esforço é… vão.
Deitas-te ao meu lado e, bebo o teu… doce veneno.