Deixo pedaços de mim aos poucos
pela estrada.
Não invoco as perdas...
tenho razão!
aos poucos o novo vai chegando.
As vezes paro um pouco
para ir reconstruindo o caminho
replantar as árvores
que a tempestade levou
junto de minhas agonias.
Uso o tempo para dar a alma a passeios
enquanto deixo o corpo adormecer
sobre a terra ainda quente do dia.
A estrada foi longa, ela era longa quando começou.
Depois foi ficando menor, muito menor.
Já entrevejo certas curvas que levam ao fim...
e algumas ruínas deixadas por quem passou antes de mim.
Tenho a vida toda.
Atrás, comigo e diante de mim.