acma1953

 
registro: 03/01/2011
I miss you,I'm gonna need you more and more each day I miss you, more than words can say More than words can ever say
Pontos24mais
Próximo nível: 
Pontos necessários: 176

Tatuagens

Se você quer fazer uma tatuagem e ainda não decidiu qual o desenho, apresentam-se aqui diversas opções interessantes.

1ª Opção: Aparando a grama - Ótima para mulheres que acham que a mata Atlântica deve ser defendida a todo custo.



2ª Opção: Atleticana - A opção de tatuagem perfeita para torcedores do galo.



3ª Opção: Peitinho - Para os tarados de plantão.


4ª Opção: Rabo do macaco - Perfeita para quem é elegante e sério.


Uma sessão de cinema.... mudo de amor

A minha boca clama pelo teu sabor e chama ao amor estouvado pelo seu apelo desvairado a que o teu corpo nunca rejeita corresponder.
Os meus olhos exigem ver aquilo que as imagens fingem no reino de fantasia minha onde te assumes rainha e protagonizas o papel fulcral.
Um verdadeiro festival de cinema interior, este que vejo. O amor a atiçar o desejo e a película a passar na tela onde se pintam as cores garridas de emoções sentidas e de sensações que admito celestiais.
Os sons primordiais que os meus ouvidos solicitam, quando as folhas se agitam com o vento que parece sussurrar o timbre da tua voz que me delicia. Uma forma de magia que inspira os dedos de prestidigitador com que percorro a ilusão, recriada pela imaginação, da tua pele forrada a cetim.

Tão perto de mim, cá dentro, essa ideia avassaladora de um momento iluminado pelos raios de uma luz que brilha, lá fora, no sol que o teu sorriso traduz.

Tão perto de nós, esse amor vagabundo que nos toca tão fundo nos intermináveis intervalos de cada sessão, minutos talvez, mas uma eternidade na minha ideia.

E eu encafuo, onde não escasseia, mais uma bobina da longa metragem rodada na vertigem dos nossos corpos em ebulição.

 


Somos dois num só corpo, amor

Vem, e enfrenta corajosa o frio dos lençóis e aguenta o primeiro arrepio com que podes contar. Abre os olhos para me veres entrar e abre os braços dessa pele que me reclama, ouve a voz com que ela me chama, sereia, tão perto do ouvido a boca que incendeia tudo aquilo que nos faz nessa altura. Sente o meu calor que contraria a madrugada que lá fora está gelada mas o Inverno aqui acabou quando o inferno se instalou entre as pernas com que me envolves agora e o teu corpo já desespera pelo contacto total, a nossa pele em aquecimento global e os lábios arrastados pelo corpo já semeiam beijos como acendalhas numa lareira que vejo reflectida no teu olhar, esse brilho que faz prenunciar a entrega do sol nas minhas mãos, esse corpo feitiço que me envolve num abraço e que magia alguma consegue reproduzir.

Tudo aquilo que nos fazemos sentir enquanto te toco aqui e além, enquanto me puxas para ti e me dizes vem por entre o som ofegante da tua respiração e eu possuo o teu coração em simultâneo com o resto desse corpo dedicado em exclusivo ao prazer que te dou. Desse rosto iluminado pelo sorriso que me encantou quando me aceitaste, anfitriã, madrugada quase manhã, onde mais me apeteceu porque me disseste sou toda tua, a verdade toda nua, estampada no grito que ecoou na madrugada quando ambos zarpámos para uma terra distante onde a luz explode em mil cores e o silêncio se pinta de outros tons que são a loucura dos nossos sons misturados na paleta que coloriu os lençóis que agora ensopamos com o amor que transpiramos a dois e enfrenta corajosa o calor que agora emana deste forno, desta cama, e aguenta o desafio que te quero lançar. Abre o peito para me sentires entrar, outra vez, neste leito de um rio que desfez (com a enxurrada pelos nossos corpos libertada) as margens de manobra para quaisquer hesitações e transbordou para os corações e afogou mesmo à beira da foz o medo de enfrentar a tormenta de um mar sem fim, dentro de nós, incontrolável, que é a imagem do futuro de um amor assim, interminável, que requer tanta coragem e um querer muito forte, abraçado ao longo desta viagem à sorte e sem destino traçado, aleatória, predominantemente emocional e constrói comigo uma história de amor imensa, tão resistente, tão intensa, que a acreditemos (nos sonhos secretos que alimentamos) necessariamente imortal.

 

 

 


Na tua boca o céu

Rompe a escuridão desta noite de Verão, sem luar, ilumina a verdade por desnudar de um desejo coberto pelo pudor de um fino manto reflector que espelha a luz da centelha que vislumbro no teu olhar.
Rasga o silêncio deste tempo valioso, espalha ao vento o som do sentimento que gemes e que gritas quando tremes e me agitas num agradável frenesim. Escuto emudecido, o teu sussurro no meu ouvido, a voz interior que me fala do amor que se faz ouvir quando ecoa nas paredes do meu abraço, por dentro do espaço que nos rodeia, firmamento, a redoma transparente de um momento fecundo sem ruído de fundo que o possa perturbar.
Arranha esta pele que não estranha a tua, o desenho de meia-lua nas garras que me cravas no corpo que ofereço, entrega total, insensata. (pres)Sinto o teu amor em cada gota do suor nessa cascata de emoções que jorra dos corações para a cútis que a absorve com sofreguidão. A sede que se mitiga, a língua pela barriga em sentido descendente, rumo à nascente convertida na foz desses rios que partem de nós em enxurrada e desaguam serenos na confluência criada quando nos fundimos e nos tornamos um. Retalha o ar com o teu perfume perfeito, espalha no meu peito o cheiro dos cabelos que penetro com os dedos em busca de um jardim suspenso no tempo sem fim que duram as carícias que parecem libertar a essência desse odor que me seduz. Aquilo que me reduz a um escravo da tua fragrância, dependente. A minha ânsia de te respirar quando me sufoca a falta de ti, um medo que não aceito porque temo desse jeito ver mirrar as flores silvestres imaginárias, tuas cortesãs, plantadas no meu olfacto como memórias permanentes da tua condição de rainha do corpo que definha quando a saudade lhe drena a energia vital pela raiz. Fixa na minha boca o rasto do teu sabor, um trilho para o amor que degusto em cada instante beijado. O gosto lacrado no cofre da minha imaginação, secreta a combinação discreta com que só eu o possa abrir depois. Quando fazemos a dois, colados, aquilo que na mente germinar, em cada corpo um manjar repleto de estímulos para o palato em festa.
Os meus lábios na tua testa.
O meu corpo prostrado em cima do teu, aterragem forçada, destino selado nas nuvens do céu dessa tua boca selvagem, alada.

 


Deixa-te amar

Senta-te no meu colo e descansa. Pensa que ainda a noite é uma criança e precisas ganhar fôlego para as coisas por dizer mais o amor para fazer, a vida que acontece entre nós quando finalmente nos deixam a sós com a nossa forma de passar o tempo. 

Senta-te em silêncio e aprecia o momento, sem medos ou mágoas, os segredos a léguas desta relação de confiança que é a unica que permite a esperança de sermos dois outra vez amanhã.

Senta-te no meu colo, deixa-te abraçar pelos meus braços e insiste em aproveitar estes pedaços da existência que preenchemos com a consciência de que a eternidade só existe se a construirmos agora, alheios ao barulho lá fora de um mundo que não pertence a esta realidade que no fundo só acontece porque o acaso o permitiu.

Manda para o lixo todo o conjunto de aflições que nos instigam as tradições inibidoras da felicidade como a queremos sentir, senta-te no meu colo e deixa-te partir para onde nãoexistam os receios e dá largas aos teus desejos e anseios sem abrires a boca para me dizeres como ficas louca com todo o mal que esta paixão te fez.  

Descansa.

Um amor que se guarda, um amor que nunca acaba, numa catedral, estampado num vitral profano, deixado ali ficar por engano ou por distracção dos homens que falam de Deus mas não o conseguem iludir com o seu esforço para banir a felicidade que consideram proibida. Um amor maior do que a vida porque não pode acabar, um amor para perdurar, eterno nas memórias dos que o cantaram e nas emoções dos que o herdaram contado assim, esse amor que não conhece um fim porque acompanha gerações de pessoas que possuem corações capazes de o entender e que o reproduzem no amor que depois fazem acontecer outra vez.

Ainda a noite é uma criança e amanhã vamos fazer o amor outra vez.