Poisei a minha mão no teu rosto para sentir o teu calor dentro de mim. Dizias-me coisas, que nem eu nem tu entendíamos. Silenciámos, parámos nas palavras do olhar, num momento em que as perguntas, respostas e dúvidas nos sobrevoavam os pensamentos. A certeza era necessária ou talvez a incerteza de te amar tivesse ali força maior.
Parámos no olhar, e calámos as vozes, na esperança de fazer travar o tempo e tornar o desejo completamente distante da razão.
Tocámo-nos, beijámo-nos, amámo-nos loucamente entre os meus e os teus olhos. Suspendemo-nos no fio invisível que pendeu a leveza da nossa paixão em desassossego. Foi a loucura que triunfou, levando atrás de si toda a ternura do nosso olhar.
Enlacei as minhas mãos nas tuas, rendi-me aos teus braços, e aos teus beijos entreguei a doce magia da minha boca. De mãos dadas caminhámos juntos pela noite que já amanhecia, amarrados á cumplicidade que fizemos nascer ali.
Foi ali, que fizemos dos teus sonhos, os nossos...
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