NOTA INTRODUTÓRIA
Quando coloco textos aqui no GD, qualquer texto, seja ele de teor mais sexual/sensual, mais romântico ou alegre, faço-o porque gosto de escrever, não o faço para agradar a A,B ou C, ou para atingir quem quer que seja, faço por mim. Este é um espaço livre para que possamos postar o que queremos e apreciamos, se existem pessoas que não gostam do que lêem nos blogs, não o façam, não leiam já que não estão a ser pressionadas para nada, são livres. Suponho...
Posto isto, quero; sem ressentimentos ou criticas veladas direcionar esta introdução à Sollua/ Clandestina e outros nicks que não lembro, e dizer-lhe que lamento muito a sua atitude. Não a insultei, não a provoquei, estou no meu canto com os meus problemas pessoais e familiares, pelo que era dispensável ter feito o blog que fez chegando ao ponto de me insultar.
Não vou enveredar pela mesma atitude, as mesmas ficam com quem as pratica, mas devo dizer-lhe que já me tinha decepcionado 2 vezes, agora passou os limites. As pessoas não conseguem deixar a hipocrisia de lado, e você não foi excepção, aliás se a mesma fosse música a adequada no seu caso seria Honesty do Billy Joel http://youtu.be/9K1lUIWlINg
Lamento. Não é pela sua atitude, nem pelos blogs e textos que possa colocar que deixarei de escrever o que eu quiser, quando quiser, como quiser, e de postar onde bem me aprouver. Assunto encerrado, case closed. Passe bem e seja Feliz, mas não interfira com a felicidade ou com os gostos dos outros.
Para os restantes, leitores ou não dos meus textos, crónicas e blogs; são também livres de não apreciar, mas este espaço é permissivo e aberto e respeito todas as opiniões desde que sejam respeitadoras e educadas e não insultuosas, pois primo por não faltar ao respeito a ninguém. Trata-se de reciprocidade no tratamento. Bem haja a todos.
E hoje deixo este texto.
Fazer amor com o sol
Ainda é cedo, o sol começa a aparecer por trás da colina, a luz propaga-se no quintal e infiltra-se dentro de casa inundando-a de luminosidade.
Vai ser um belo dia de verão, dominado pelo sol vertical que se estende até à noite. Como de costume, decidi ir dar um passeio antes que o calor se torne escaldante. Entro a passo no pequeno vale abaixo da casa, um caminho esculpido por vacas que pastam. As ervas estão secas, uma lagoa de lama estagnada pela água parada proveniente de um tanque com rachaduras e, cercado pelas cicatrizes profundas deixadas por sapatos. O ar seco e aromas doces de feno e da terra enchem-me de energia.
Continuo a caminhada através de pomares estendidos em plataformas. Colho alguns damascos pendurados nos galhos, o sumo escorre dos meus lábios ao apreciar a polpa.
Meus pés afundam-se no solo arenoso entre corredores de árvores e plantas enquanto continuo a descer em direcção da pequena lagoa onde a retenção da água é feita por uma barragem artesanal ao longo do bosque. Damasqueiros plantados aos círculos cercam o dique e isolam-no do mundo. Não há ninguém, o sol brilha sobre a água borbulhante e pisca-me o olho.
Então despojo-me da roupa e, nú, desço sobre a margem acolhedora, penetro suavemente na água morna e escorrego entre as algas verdes que me acariciam. Esta é a primeira vez que tomo banho ali e estou muito alegre por nadar entre os reflexos de luzes na água e que parecem mover-se como ondas com o deslizar do corpo.
Depois de um mergulho, uma moleza invade-me e saio para ao ar livre. Estendo-me numa laje de pedra e fico imóvel ao sol que me aquece e transmite calor para secar a minha pele salpicada de gotas de água que escorrem pelo corpo e que mais acentuam a volúpia que vou sentindo. Entre as minhas coxas, a minha carne amotina-se num tumulto como que devorado por línguas de fogo.
E… permaneço deitado aqui, excitado pela natureza a fazer amor com o sol.
