celium

registro: 29-06-2010
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DATAS COMEMORATIVAS, CAPITALISMO E SUAS ESTRATÉGIAS:

     Nos manter escravos do calendário, cativos das famosas "datas comemorativas" é uma das maiores estratégias do capitalismo.

     No próximo domingo, 05 de abril, estaremos comemorando a páscoa e muitos de nós já deve ter comprado ou está pensando no que vai dar a filhos, sobrinhos, netos, a toda criançada neste dia, sobretudo se você é daqueles que não mede sacrifícios para agradar seus rebentos, quer que seus pimpolhos tenham tudo o que você não teve...

     Muitos de nós procuramos dar tudo o que os filhos querem, mas quantas vezes paramos para refletir se estamos lhes dando o que precisam? Reparamos que o filho de Fulano é cheio de vontades, o filho de Ciclano é muito mimado, o de Beltrano é mal educado, o do outro não tem limites... E nós? Estamos cuidando para não incorrermos nesses mesmos erros?

     A vida moderna vai nos empurrando para a coisificação das relações familiares, onde damos muito das coisas e pouco de nós. Absorvidos pelos nossos “inadiáveis” afazeres. Inconscientemente (ou não), vamos "empurrando com a barriga" a criação dos filhos: há quanto tempo não paramos para conversar? Quem são os amigos? Com quem andam? Quando foi mesmo que visitamos a escola pela última vez? No dia da matrícula? Acho que não, mas não me lembro ...

     Sem perceber vamos tornando-nos meros coadjuvantes, mantenedores... Quando acordamos, nos deparamos com os desconhecidos e queridos filhinhos.

     Não é raro vermos jovens que sempre tiveram tudo o que quiseram, se tornarem pessoas desprovidas de ética, respeito ao próximo, amor, cidadania e cada vez mais necessária politização. Egoístas e egocêntricos, acham que "os fins (sempre) justificam os meios".

     Não estou aqui sugerindo que não se dê presentes, que se ignore tais datas comemorativas, até porque elas também tem seu lado bom. Mas que estejamos muito atentos, que sejamos mais conscientes, consequentes e sensatos. Refletindo bem, antes de fazer o "possível e o impossível", "colocar o chapéu onde a mão não alcança", gastar o que não se tem... ...

     Assustei-me quando vi no face book o comparativo do mesmo tipo de chocolate, em formato de ovo de páscoa e em formato de barra, mesma marca e peso, única diferença era o formato e claro, o preço: O em forma de ovo custando 5 vezes mais que o de formato de barra. Isso não me fez pensar em economia, me fez aprofundar muito mais na análise do que seria o capitalismo, a convivência familiar, chegando a avaliar até mesmo os conceitos que temos de toda a parafernália que nos é apresentada como forma de autossustentar-se.

     Se em tudo que formos analisar, pudermos levar em conta o ser humano, acho que este sim, é o grande valor, o verdadeiro presente de páscoa, ou de qualquer outra data, que deveria ser embrulhado em papel brilhante, com fita cintilante, e doado àqueles que verdadeiramente amamos. E você, o que pensa?



PALAVRA OU PALAVRÃO? VOCÊ É QUEM DIZ!

     O tênue limite entre a palavra e o palavrão, geralmente é determinado pelos usos, abusos e costumes que podem se modificar com o decorrer do tempo. Uma simples palavra pode tornar-se um pesado palavrão e vice-versa. É o caso do versátil substantivo feminino que apresento. Hoje exprimindo admiração, alegria, espanto, simpatia, entusiasmo, aversão, raiva, carinho, surpresa, chateação, impaciência... Em sua dilatada “gramaticidade”, pode aparecer como interjeição, adjetivo, adverbio, conjunção... Como podemos notar, não é aquela esponja de aço, mas tem “mil e uma utilidades”. Originalmente, o vocábulo designava uma tosca arma de madeira, um pedaço de pau com uma protuberância onde eram incrustados pedaços de metal, como pregos. Cacete, porrete, clava... diz-se também tratar-se de uma espécie de cetro eclesiástico, usado por autoridades da Igreja, entre os séculos XIII e XV. Dai, do latim, chegamos à “porra” dos dias atuais, uma palavra que virou palavrão e um palavrão que virou palavra.

     Multiuso, multifacetada, proverbialmente coloquial, ela ganha “situação geográfica”, quando quem manda alguém para lá, lá já deve ter ido, até conhecer sua latitude, longitude e outras particularidades. Os mais íntimos, acostumados a mandar diretamente para a casa da “cidadã”, devem ser contumazes frequentadores, conhecedores do seu endereço, CEP, telefone... Há quem diga que “é longe pra porra”. Será que ela paga IPTU ou ITR?

     Quando usada para designar abstrações, objetos desconhecidos ou cujo nome não é lembrado. O sujeito ataca de: “Essa porra” (isso), “aquela porra” (aquilo)...

     Nas relações interpessoais: Fulano “é um amigão da porra”, “vem cá seu porra”, Cicrano “é burro pra porra”, “que porra é essa rapaz”?! ... Falando com “carinho”: “Você sabe que eu te amo, porra" "fique triste não, porra”...

     Em bom “baianês”: Uma bela mulher é “bonita pra porra”, um cidadão “esteticamente mal servido”, “mal acabado”, recebe logo uma adjetivação: “É feio feito a porra”. ” (aí eu incluo a mim, vai ser mal acabado assim lá na . . .). Negando, sai um; “porra nenhuma”! Espanto é "pooorra!"". Na alegria, vai um “porraaaa, deu certoooo, meu Rei”! E na tristeza: “Porra, deu tudo errado”. No assalto, o meliante grita: “Passa a porra do celular”! O policial surpreendendo o marginal: “Parado aí porra. Senão eu atiro”! O “tricolor de aço” ganhando do “Vicetória”: “Bora Bahêa minha porra”!!!

     A política não podia ficar de fora. Discutida na mesa do bar ou na barbearia: “A porra do eleitor, vota numa porra de candidato que não vai fazer porra nenhuma! Vai é dar uma bela de uma porra para o povo”. Poucos anos atrás, na minha adolescência. Quando alguém dava uma sonora “porra”! O outro logo respondia: “Não dê porra nessa porra, que essa porra não é porra. Se essa porra fosse porra, você não dava porra nessa porra. Seu porra”!

     Aí podem dizer depois que lerem isso: Porra, meu! ... Não é que é isso mesmo, porra!!!

     E eu, conclamo a todos, que evitemos tais palavras, principalmente em seus sentidos ofensivos, demonstrando o maior respeito a todos nós usuários, especialmente às mulheres que aqui se fazem presente, alegrando e colorindo nosso espaço de diversão.


Texto original de Antonio Pereira Apon - hoje.aponarte.com.br



MOMENTO POLÍTICO

       Queriam que tivéssemos um Brasil dividido como em duas torcidas de futebol: Nortistas x Sulistas, “Coxinhas x Petralhas”, Esquerda x Direita, Pobres x Ricos... Precisamos lembrar que a realidade não é uma disputa de campeonato e que se está tratando do destino de uma nação inteira. Quem intenta dividir a nação em duas classes sociais antagônicas, não é apenas irresponsável, inconsequente; é, sobretudo, criminoso. Somos todos brasileiros. Nosso protesto, nossa luta; não pode ser (e não é!) contra um partido político, como muitos assim se posicionam, mas sim contra a histórica corrupção, contra o mal feito, independente da sigla ou da facção partidária. Mesmo por que, nossos “mandatários” se esmerem dia a dia em confirmar que aqui (fora poucas exceções), cada vez mais: É muito esterco do mesmo pasto.

       Tenho assistido verdadeiras brigas entre amigos, parentes, vizinhos... Defendendo essa ou aquela bandeira política, mas ainda pior, defendendo o ANTIPETISMO , quando deveríamos nos unir contra todos os que saqueiam o erário público, prostituem mandatos e violentam a cidadania. Não importa a máscara ideológica que traveste o bandido. A canalhice é endêmica nessa “partidocracia”. A defesa do ANTIPETISMO resulta automaticamente ao apoio aos demais partidos ou políticos, quando na verdade são precursores de toda essa roubalheira e desmandos.

       Para virar esse “jogo”, temos que torcer numa só torcida, gritar num só grito e resgatar o Brasil da mediocridade que apequena e maltrata esse país. Hoje é o PT que desmanda e aparelha a máquina do Estado, poderia ser (e já foi) outros, e da mesma forma mereceriam nosso veemente repúdio e protesto. É certo que os petistas não inventaram a corrupção. Mas se aclimataram a ela com igual gosto. Comprovando o dito de Lord Acton: “O poder corrompe. E o poder absoluto, corrompe absolutamente”. Montesquieu complementa: "todo o homem que tem poder é levado a abusar dele". Já um velho ditado popular resume bem: “Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza”.

       Pedir o Impeachment de Dilma é algo prematuro, infantil e pode “a emenda sair pior do que o soneto”. Quem crê em Michel Temer como solução? Também não devemos desconsiderar o risco de uma ruptura institucional, com nefastas consequências como nos “anos de chumbo”. Igualmente não podemos esquecer, que todos os que aí estão no poder (inclusive protagonistas e coadjuvantes de escândalos passados), foram eleitos e/ou reeleitos nas urnas há poucos meses. Temos é que nos unir: Protestando, vigiando, exigindo investigação profunda e séria, punição real e exemplar, reformas que atendam os interesses do País... O impedimento da presidente, se vier, deve ser por imposição legal e dos fatos, não por essa ou aquela conveniência. Cabe-nos apoiar, estimular e fortalecer: Delegados, juízes, promotores... Que estejam verdadeiramente comprometidos em desvendar os mistérios do submundo politiqueiro.

       Nossos reais adversários são os corruptos, independente da falaciosa ideologia que os disfarça. A lama é pluripartidária. Só os tolos e alienados, enxergam santos e anjos na política, onde abundam seres trevosos, obstinados a defender seus interesses escusos a qualquer preço, daí não cabe a tal bandeira ANTIPETISTA, pois abriríamos espaços, não para o (re)alinhamento das posturas governamentais, mas sim para a tomada de poder de tantos outros inescrupulosos vindos de toda e qualquer outra facção partidária.

       Vamos acordar de verdade esse Gigante! Não contra ninguém ou contra um partido, mas sempre em favor do NOSSO Brasil. O Brasil que é do povo brasileiro! Não é de qualquer partido! Não pertence à marginália politiqueira! O Brasil pertence a nós e cabe a nós redireciona-lo e desta vez, não por R$ 0,20 (vinte centavos), mas sim por uma condição de melhoria real para toda a sociedade. O campo de ação, neste momento não me parece ser as ruas, avenidas e praças, mas sim o plenário do congresso, onde estão diversos projetos engavetados e, mesmo os em pauta, não estão sendo votados, a exemplo da PEC 280/08, herança do falecido Clodovil, que reduz de 513 para 250 o número de deputados federais, produzindo uma redução superior a a 7 milhões de reais mensais aos cofres públicos, e ainda mantendo amplas condições de representar a diversidade da sociedade brasileira.

        Não vamos para a rua lutar contra alguém para o qual eles apontam o dedo, vamos para nossa casa, a casa do povo: O CONGRESSO. Lá sim, podemos mudar e mudar para bem melhor esse NOSSO PAÍS.