acma1953

 
Adăugat: 03.01.2011
I miss you,I'm gonna need you more and more each day I miss you, more than words can say More than words can ever say
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À espera do amor....

Observo a paisagem da minha janela e vejo a chuva cair lá fora sobre as pessoas tristes. Estão paradas a pensar na tristeza das suas vidas, no vazio das suas relações. Talvez eu esteja também a evitar que as marcas de um grande amor me transformem. Esta noite tu estás na minha mente, nas minhas memórias e... não o sabes. Estou cansado. Estou tão cansado! Tenho sede e fome do teu amor, do teu tempo, mas sem ter como saciar estes desejos. Onde estás? Como estás? Com quem estás? Fazes ideia do quanto preciso de te ver a deslizar por aqui? Imaginas o quanto gosto de ti? Sou muito jovem para me manter preso a este amor e muito velho para me libertar e correr por esse mundo fora. Engraçado… às vezes um homem tem que acordar para descobrir que na realidade está tão só. Espero por ti ardendo de saudade e desejo. Alguma vez terei a teu doce rosto de volta? Oh Amor, estou à tua espera… mas já é tão tarde… Estou solitário nesta casa, com a cama feita, os lençóis imaculados prontos para te receber. A janela aberta deixa a chuva entrar. Fecho-a, olho para o fim da rua à espera de ver a sombra da tua imagem na minha direcção. Nada vejo. Deito-me na minha/nossa cama. O meu corpo rebola-se e anseia por dormir mas o sono nunca mais vem. E tu também não…

Pensamento do dia: O Amor não é o que queremos sentir, o Amor é o que sentimos sem querer!

https://www.youtube.com/watch?v=kQUDrnlnUww

https://www.youtube.com/watch?v=vqDgLR1w15M




As palavras que nunca te direi

Bom dia, hoje recorri a um trecho de um livro que muito me agradou, e que foi transposto para o cinema tendo como intérprete Kevin Costner.

Faço-o, porque hoje a inspiração anda um pouco longínqua por um lado e por outro porque representa também o que tento que seja a minha vida em cada dia: Amor e Felicidade, mesmo não sendo possível, fantasio e acredito que sim. Assim farei até aos 399 anos.

Consegues perdoar-me?

Num mundo que eu raramente compreendo, existem ventos de destino que sopram quando menos esperamos. Por vezes sopram com a violência de um furacão, outras vezes mal os sentimos no rosto. Mas os ventos não podem ser negados, trazendo, como muitas vezes trazem, um futuro impossível de ignorar. Tu, minha querida, és o vento que eu não antecipei, a rajada que soprou com mais força do que eu alguma vez imaginara possível. Tu és o meu destino.

Eu fiz mal, muito mal, ao ignorar o que era óbvio, e peço que me perdoes. Como um viajante cuidadoso, tentei proteger-me do vento e perdi a alma em troca. Fui estúpido ao ignorar o meu destino, mas até os estúpidos têm sentimentos, e acabei por perceber que tu és a coisa mais importante que tenho neste mundo.

Eu sei que não sou perfeito. Cometi mais erros nos últimos meses do que alguns cometem na vida inteira. Tal como um Homem que olha apenas para trás numa viagem através do país, eu ignorei o que estava à minha frente. Perdi a beleza de um nascer do Sol que estava para vir, o encanto da antecipação que faz a vida valer a pena.

Agora, porém, com os meus olhos postos no futuro, vejo o teu rosto e oiço a tua voz, certo de que esse é o caminho que devo seguir. É o meu mais profundo desejo que tu me dês mais uma oportunidade.

Durante os primeiros dias, depois de teres partido, quis acreditar que poderia continuar a viver como sempre tinha vivido até então. Mas não posso. Sempre que assistia a um pôr-do-sol, pensava em ti, sempre que passava pelo telefone, ansiava telefonar-te. Mesmo quando saía de barco, apenas conseguia pensar em ti e nos tempos maravilhosos que passámos juntos. Sabia no meu coração que a minha vida nunca mais seria a mesma. Queria-te de volta, mais do que imaginara possível. Amo-te e amar-te-ei sempre.

By Nicholas Sparks, As palavras que nunca te direi

 

https://www.youtube.com/watch?v=1COcXJgtyl4

 

https://www.youtube.com/watch?v=zdyH3oR_Jwg


Tenho te sob da minha pele, Amor

Tenho-te sob a minha pele, a correr-me nas veias, a habitar a minha corrente sanguínea, como um inquilino indesejado que se instalou sem autorização, que não paga a renda e nem com um mandato judicial, conseguimos mandar embora. Eu tenho-te bem entranhado, no fundo do coração, tão fundo no meu coração! És quase uma parte de mim. Fui fazer análises e elas acusaram-te. Os médicos transformaram-me numa cobaia, fazem experiências laboratoriais comigo, não percebem como foi que isto aconteceu, mas tu estás lá… no meu ADN. Não sei se és um vírus mortal que se instalou, se uma bactéria benigna ou maligna que se apossou do meu corpo. Só sei que vives dentro de mim. Tentei tanto resistir. Desistir. Olhei-me tantas vezes no espelho e disse: “- Esse amor não vai dar em nada. Não te vai levar a lado nenhum. Ele está escondido atrás de muros tão altos que não vais conseguir alcançar. As paredes desses muros são tão grossas que jamais as conseguirás derrubar”. Mas por que é que eu deveria tentar resistir-te quando, Amor, quando sei tão bem… que tu estás sob a minha pele a navegar pela corrente sanguínea. Sacrificaria qualquer coisa para poder voltar a olhar-te nos olhos, a abraçar-te, beijar-te… sentir-te pertinho. Apesar dessa voz enigmática, uma voz que chega sempre à noite e grita aos meus ouvidos:"Ainda não aprendeste nada, olhos doces? Não há nada que não possas vencer. Usa a cabeça. Esquece o coração!" Mas cada vez que tento racionalizar… Só penso em ti… porque… tu estás sob a minha pele, na minha corrente sanguínea.

PS: Inspirei-me na musica de Frank Sinatra, Under My Skin

https://www.youtube.com/watch?v=hL597G5jZwE

https://www.youtube.com/watch?v=nc06ZOJCqIA


 


Memórias de uma Gueixa

Memórias de Uma Gueixa

Sou completamente fascinado pela cultura Oriental: os seus costumes, a sua gastronomia, os seus chás, a sua filosofia de vida, os seus rituais e, principalmente, as suas religiões.

Por alguma razão, que desconheço, penso que seria uma pessoa muito mais feliz e muito mais completa se vivesse no Oriente mas, se Deus quiser, não morro sem me ajoelhar aos pés de Amida Nyorai.

Há uns anos para cá que, sempre que posso, delicio-me com a comida chinesa, comecei também a interessar-me pelo Reiki, pelo Budismo, pelo Taoísmo, pelo Feng Shui e a encaixá-los na minha vida, com a consciência profunda de que tudo faz sentido. Com frequência perco-me ao som da musicoterapia chinesa, deixo-me enlear pela aromoterapia oriental e vejo e revejo filmes como O Tigre e o Dragão; O Herói; O Guerreiro, O Segredo dos Punhais Voadores… e a lista é interminável.

Este fim-de-semana ‘devorei’ um livro que já estava para ler há muito tempo, Memórias de Uma Gueixa, de Athur Golden, mas as suas 489 páginas não eram muito compatíveis com as minhas actividades diárias e com a minha falta de tempo.

Memórias de uma Gueixa é um épico que se desenrola num mundo fascinante, misterioso e exótico que conta a história de uma criança Japonesa, nos anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial, que é arrancada à sua família de pescadores que vivia miseravelmente, para ir trabalhar como criada numa casa de Gueixas. Apesar de ser obrigada a conviver com uma rival traiçoeira, Hatsumomo, que quase lhe retira o encanto pela vida, esta criança, de olhos cinzentos translúcidos, desabrocha como um lírio transformando-se na lendária Gueixa Sayuri. Bela e muito inteligente, esta menina cativa os homens mais poderosos do seu tempo mas é assombrada pelo amor secreto que sente por um homem fora do seu alcance, que um dia lhe sorriu, tinha ela nove anos e lhe fez perspectivar uma vida feliz.

A imagem daquelas misteriosas mulheres, maquilhadas de branco e vestidas com belos quimonos, sempre fascinou os Ocidentais.    Mas essa visão glamourosa não revela com acuidade quem realmente são, e o que fazem as Gueixas, porque fora das linhas geográficas Japonesas é comum que elas sejam conotadas como prostitutas de luxo, o que justifica o preconceito e o romantismo que as envolvem. Contrariamente ao que muitos imaginam, um cliente que paga pelos serviços de uma Gueixa, na maioria das vezes não se envolve sexualmente com ela, e quando isso acontece é uma decisão que cabe quase sempre à própria Gueixa.

Os Ocidentais desconhecem, porque estão escondidos atrás de preconceitos morais, é que para uma mulher se tornar Gueixa é necessário que se submeta a vários anos de uma aprendizagem rigorosíssima, aprendizagem que começa na infância. Elas aprendiam a dançar, a pintar, aprendiam caligrafia, música, nomeadamente o shamisen, dicção, regras de etiqueta, interpretação teatral e tinham que estudar muito, até atingirem a perfeição. Além de toda a formação intelectual, elas tinham ainda que ter uma aparência irrepreensível, vestindo Quimonos pesadíssimos, cheios de adornos, uma maquilhagem branca que cobria todo o rosto de branco, oshiroi, usavam tamancos de madeira, zori, e tinham que ser sempre alegres e delicadas. As casas onde viviam eram sustentadas por um homem rico e, na maioria dos caso, casado - o danna. As Gueixas eram mulheres contratadas por homens poderosos com o objectivo de os entreter nas festas, reuniões de negócios, jantares, e o intuito delas era tratar seus clientes o melhor possível, proporcionando-lhes momentos de prazer e deleite. Cada momento com uma Gueixa podia custar quantias exorbitantes.

A cada página desta obra assistimos às diferenças entre a nossa cultura e a das mulheres Gueixas. Curiosamente, aos nossos olhos são tão recrimináveis, tão diferentes de nós, mas como nos dizSayuri « (…) muitas vezes dou comigo a perguntar-me porque é que elas não compreendem quanto de facto temos em comum», isto a propósito da mulheres que, de alguma forma, estão ligadas a homens ricos, 20 ou 30 anos mais velhos do que elas, vivem à custa do seu status, dos seus carros, das suas jóias, ou ainda, daquelas mulheres que toleram um homem, sem o amar, só por causa do dinheiro, o que não deixa de ser uma forma de se prostituírem…

Uma das passagens que considero fascinante neste livro diz respeito à cerimónia de mizuage, que é como quem diz, a perda da virgindade. É curioso que para qualquer adolescente, este acontecimento está envolto num clima de romantismo, de medo, de mistério e de secretismo. Qualquer uma de nós interrogou-se várias vezes “Como é que eu sei que chegou a hora?”, “Como é que eu sei que ele é o Tal?”, mas para Sayuri a experiência revelou-se muito diferente daquilo que nós poderemos imaginar.

A protagonista desta história entrega a vários homens, de estirpe elevada e por quem nutre algum respeito, um bolo que se chama ekubo, uma espécie de bolo de arroz-doce, que tem no topo uma cova com um pequeno círculo vermelho no centro, como sinal da intenção de lhe oferecer a sua castidade. Nas semanas seguintes a sua virgindade foi a leilão e o homem que ofereceu a quantia mais elevada, 11 500 ienes, valor histórico até então, iniciou-a na sua vida sexual.

Assim, Sayuri, aos 15 anos deixou de ser virgem com um homem a quem chamava Dr. Caranguejo e que tinha idade para ser seu avô (o que aos nossos olhos é um exemplo bem claro e sórdido de pedofilia). Todo o cerimonial é preparado com todo o cuidado e requinte, ocorreu na casa de chá Ichiriki, na presença da mãe, da tia e da Mameha (uma espécie de irmã mais velha que lhe ensina os trâmites da profissão), a proprietária do estabelecimento também assistia, assim como o Sr. Bekku, que tinha a incumbência de lhe vestir o obi.Toda a indumentária era luxuosa, composta por um quimono preto.

Enquanto se prepararam para o acto, propriamente dito, o Dr. Caranguejo colocou uma toalha branca no chão, para lhe absorver o sangue, e poder exibir assim, o seu troféu de caça. Não sem antes mostrar a Sayuri uma mala repleta de frascos de vidro onde guardava outros pedaços de toalhas ensanguentadas e que continham os nomes de todas as meninas a quem iniciara. No final o Dr. fez-lhe uma vénia e disse-lhe «Muito Obrigado».

A educação, os princípios das mulheres Orientais e os Ocidentais podem ser muito diferentes mas os homens, esses, são iguais em qualquer parte do mundo, os seus interesses e desejos são os mesmos quer se trate de um Português, Árabe, Chinês, Japonês… e para elucidar o porquê das suas semelhanças passo a transcrever uma metáfora fabulosa, um excerto deste livro fantástico que vos aconselho vivamente a ler, que ilustra na perfeição o que acabei de escrever - «Os homens têm uma espécie de enguia, as mulheres não (…) a enguia passa a vida inteira a tentar encontrar um lar, e o que é que pensas que as mulheres têm dentro de si? Cavernas, onde as enguias gostam de viver. Esta caverna é de onde vem o sangue todos os meses quando as ‘nuvens passam sobre a lua’. As enguias funcionam de forma territorial, quando descobrem uma caverna de quem gostam, meneiam-se à roda lá dentro por um bocado até ter a certeza de que a caverna é simpática. E quando decidem que é confortável, marcam a caverna como seu território. A caverna de uma mulher é particularmente especial para um homem quando nenhuma outra enguia ainda lá esteve antes, a isto chamamos mizuage.»

Palavras para quê???

 

https://www.youtube.com/watch?v=0oup2kioWrE


 


Falar de ti, falar de mim

Falo-te de ti, e falo-te de mim. Falar de ti, é falar das noites claras da procura, e das luzes incendiadas pelo retorno, falar de mim é falar do sabor e do saber feito de dores paridas pelos joelhos da solidão.

Falar das sombras desfraldadas pelas flores, é procurar nelas as vozes que são tuas, as vozes que são nossas, e é percorrer amargas colinas de amendoeiras cujas flores ficaram aquém das aves. Falo-te de ti, e falo-te de mim. e nomeio as luzes das coisas estranhas, nomeio as levadas de águas fugidas do musgo onde deitei os braços e agarrei-me ao invisível, ao sagrado, ao noturno, para reencontrar as linhas de ferro de todas as partidas.

Falo-te dos prados e das ruas ascendentes do esvozeamento da voz e do enchimento da mágoa, e do espanto sereno de te procurar sempre, nas ruas desavindas dos espectros e dos saberes das feiticeiras, saberes dos dias que nada te ensinou sobre as noites. Saberes das noites, nada te iluminou os dia, permaneceste água fugidia e mar revolto em contradança como os passos das bailarinas são vozes sem cor. Entregas-me as mãos de súbito, tremem as nozes no ventre da terra e voam aves ao núcleo do sagrado. Depositas flores nos lábios, e entregas lábios ao vento. Vento, voa, sê, desflora as florestas encandeadas por tremores ocultos de outras eras. Falo-te de ti, e falo-te de mim. Não sabes que a cor dos olhos é a mesma das dúvidas, não sabes, ainda, que a cereja que comes, é a rubra transição do sangue sobre mágoas milenares, mas sabes que as noites, e os dias, sucedem-se na imensa perturbação do tempo, e na perpétua vontade de sermos aves, e na inscrição deixada nos nenúfares, e no sol de todas as palavras que antes dissemos.

Palavras, estranheza no ventre desassossegada inevitabilidade e sofreguidão dos dias de sol.

Ser, em cada um de nós, o som de todas as primaveras anteriores.

https://www.youtube.com/watch?v=2XmDti31Fo4

 

https://www.youtube.com/watch?v=HyB6EhRwlwg

 

https://www.youtube.com/watch?v=-y8ZY7Y13k8