Dizem que um amigo é aquele que nos aceita como somos verdadeiramente. É alguém consciente dos nossos defeitos e das nossas falhas e que, mesmo assim, gosta de nós.Dizem que somos muito mais tolerantes com os amigos do que com os nossos amores. Contudo, não entendo porque não consigo conceber amor sem amizade… E tu? Eis alguns conceitos de amor e aquilo que penso sobre determinados aspectos de um relacionamento.
(in) fidelidade
A fidelidade e a lealdade para com os outros não existe, de facto. Somos fieis e leais a nós mesmos e aos nossos valores. Somos fieis sempre, tanto com x como com y. Somos leais aos amigos, tanto masculinos como femininos. A fidelidade e a lealdade é, portanto, algo de muito pessoal e não depende assim tanto do outro como alguns pensam. Porém, o conceito de fidelidade difere muito de pessoa para pessoa. Para alguns, é trair com o pensamento: desejar alguém intensamente. Para outros, é haver envolvimento amoroso. Para certas pessoas, é um envolvimento sexual.
Amor à primeira vista
Dois olhares que se cruzam e subitamente um relâmpago vindo do céu rasga a opacidade de mais um dia cinzento. De repente, tudo se ilumina. Eram faróis apagados, isolados no meio da tempestade. Agora, dois faróis estão ligados um ao outro. Reconhecem-se. Mergulham os olhares para dentro das suas almas que se unem numa só. A atracção é simplesmente irresistível e o mundo renasceu a partir desse momento…
Contudo, nem sempre o amor à primeira vista é recíproco. Só um é agraciado ou amaldiçoado pelo fenómeno: agraciado, se o outro se deixar envolver pela luz; amaldiçoado abandonado(a) na tempestade…
Já te aconteceu alguma vez apaixonares-te ao primeiro olhar?
Em busca do alter-ego…
Cada vez é mais difícil encontrarmos o nosso outro eu, aquele(a) que virá completar o que falta em nós. Talvez porque as pessoas, nos dias de hoje, investem demasiado no amor. Querem um outro perfeito e idealizado, cinzelado por nós ao longo de muitas noites de solidão…
O outro seria
como o espelho da madrasta da Branca de Neve a quem perguntaríamos:
- Espelho meu, haverá alguém mais belo(a) e melhor do que eu?
Ao que o alter-ego responderia:
- Não, tu és o/a mais belo(a), o/a mais inteligente, o melhor ser humano que já
conheci.
E assim ficaríamos felizes, com uma auto-estima renovada mais alta que um
arranha-céus com janelas para as nuvens…
E o que pensam os diferentes especialistas na matéria? estudei e li algumas opiniões de entendidos, e realmente como diferem tanto uns dos outros. Conforme a especialidade, assim opinam.
Os psicanalistas
dizem que o encontro amoroso acontece quando há o encaixe de duas neuroses.
Freud dizia que só encontramos o que existe já no nosso inconsciente e Marcel
Proust que no amor, só se encontra o que se imaginou primeiro…
Jean-George Lemaire que se debruçou sobre o encontro amoroso diz que é uma
colisão inconsciente de duas neuroses complementares. Há alguém que entra em
diálogo com a criança que érmoa, daí a ideia de familiaridade, de se conhecer o
outro desde sempre.
Pode até ser uma explicação bastante verosímil mas acho-a duma falta de poeticidade atroz…
Os cientistas dizem que o encontro amoroso é biológico. Sentimo-nos atraídos por alguém devido a sinais visuais, acústicos, olfactivos e hormonais que o outro nos transmite e que fazem rebentar com os nossos receptores…
Que dizer então destes amores que se criam graças à internet, onde não há contacto físico?
Segundo os sociólogos, o encontro amoroso está principalmente determinado por uma afinidade social. É óbvio que, pela lei das probabilidades, é muito mais fácil apaixonarmo-nos por alguém que frequenta a mesma escola, que trabalha na mesma empresa ou que anda pelos mesmos locais de lazer que nós.
Que dizer então dos amores multi-raciais oriundos de locais distantes no planeta?
Às vezes, pensamos que o amor acontece assim sem mais nem menos e que tinha mesmo de ser assim. E talvez seja. Há várias teorias sobre o amor, que andei a investigar, e que agora vos vou revelar.
O amor como
abertura da identidade:
Jean Claude Kaufmann diz-nos que Cada ser humano é um eremita condenado a viver recolhido na
concha da sua identidade e a única hipótese de abrirmos
a porta da nossa alma é essa capacidade de sairmos do nosso casulo e
deixarmo-nos amar, para mutuamente podermos reinventarmo-nos.
Mesmo assim, será que somos mesmo capazes de sairmos da nossa concha?
O que acho mesmo é que para todos os males, existem grande remédios, e todos eles bem recomendados pelos médicos e farmacêuticos.
Este é infalível kkkkkkkk