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Do coração de uma mulher
© Letícia Thompson
Se tivesse que abrir meu coração, eu contaria todos os segredos nele contidos, os que me confesso e os que até a mim mesma tento negar...
Eu falaria da minha esperança, das lutas, da briga por uma felicidade que eu nem sei se existe, mas que insisto em querer buscar, da minha recusa em aceitar estar presa a não ser que essa prisão seja minha própria escolha...
Eu diria, provavelmente, que essa fragilidade é apenas aparente ou que até nas horas mais fortes meu coração pede abrigo e compreensão...
Eu contaria, talvez, do orgulho que me impediu de viver horas bonitas, mas que quando olhei para trás já era tarde demais, dos meus arrependimentos, dos perdões que tive que conceder a mim mesma para continuar a levar uma vida tão normal quanto possível.
E também do meu desejo de ter filhos, criar e procurar neles meus próprios traços e da minha alegria em encontrá-los.
Eu mencionaria minha mãe, que entendi depois, quando me tornei mãe também e confessaria com orgulho o quanto a admiro e o quanto a amo.
Eu até lembraria minha infância, minhas dúvidas da adolescência, meu desejo de crescer e de continuar menina, das vezes que me senti tola e briguei comigo mesma, me fiz inúmeras promessas e que esqueci quando o coração bateu forte novamente.
Eu não conteria minhas lágrimas se tivesse que abrir meu coração, eu ***umiria, beberia todas elas como bebi na taça das dores que sofri, dos amores que vi partir e dos que eu mesma abri mão.
Eu sei que há coisas que nunca aprendi e que provavelmente nunca aprenderei, sei que da vida bebi e ainda beberei, mas que sairei um dia inteira, cheia de marcas e cicatrizes, mas mais que nunca me sentirei mais mulher.
Uma mulher nunca diz tudo, há segredos que ela guarda só pra ela, que não confessa nem para a melhor amiga e é isso que a torna um ser ***im tão cheio de mistérios, tão precioso, tão humano e tão excepcional.
Letícia Thompson
© Letícia Thompson
Se tivesse que abrir meu coração, eu contaria todos os segredos nele contidos, os que me confesso e os que até a mim mesma tento negar...
Eu falaria da minha esperança, das lutas, da briga por uma felicidade que eu nem sei se existe, mas que insisto em querer buscar, da minha recusa em aceitar estar presa a não ser que essa prisão seja minha própria escolha...
Eu diria, provavelmente, que essa fragilidade é apenas aparente ou que até nas horas mais fortes meu coração pede abrigo e compreensão...
Eu contaria, talvez, do orgulho que me impediu de viver horas bonitas, mas que quando olhei para trás já era tarde demais, dos meus arrependimentos, dos perdões que tive que conceder a mim mesma para continuar a levar uma vida tão normal quanto possível.
E também do meu desejo de ter filhos, criar e procurar neles meus próprios traços e da minha alegria em encontrá-los.
Eu mencionaria minha mãe, que entendi depois, quando me tornei mãe também e confessaria com orgulho o quanto a admiro e o quanto a amo.
Eu até lembraria minha infância, minhas dúvidas da adolescência, meu desejo de crescer e de continuar menina, das vezes que me senti tola e briguei comigo mesma, me fiz inúmeras promessas e que esqueci quando o coração bateu forte novamente.
Eu não conteria minhas lágrimas se tivesse que abrir meu coração, eu ***umiria, beberia todas elas como bebi na taça das dores que sofri, dos amores que vi partir e dos que eu mesma abri mão.
Eu sei que há coisas que nunca aprendi e que provavelmente nunca aprenderei, sei que da vida bebi e ainda beberei, mas que sairei um dia inteira, cheia de marcas e cicatrizes, mas mais que nunca me sentirei mais mulher.
Uma mulher nunca diz tudo, há segredos que ela guarda só pra ela, que não confessa nem para a melhor amiga e é isso que a torna um ser ***im tão cheio de mistérios, tão precioso, tão humano e tão excepcional.
Letícia Thompson