Recebi este mail de uma amiga minha, que com a sua imaginação me deixou a
pensar seriamente no que escreveu, e no fundo não deixa de ter alguma razão
(não vou dizer toda a razão, alguma vez eu dizia isso mas até tem, a maioria dos homens
até são assim) e porque não sou nem machista e muito menos egoísta, venho aqui
partilhar com as minhas amigas e com as mulheres que quiserem ler, sabendo bem
que vai haver homem que vai querer dar uma de marialva, e nem vai gostar. Mas
com eles posso eu bem kkkkk. Ora aqui vai o que ela escreveu:
"Hoje pus-me a pensar porque é que não temos um homem para cada
ocasião. Porque é que temos pares de sapatos que combinam até com o lacinho do
soutien, porque é que temos pendentes, pulseiras, e sombras para os olhos que
dão com cada risco que atravessa a nossa roupa mas, e os homens? Não, esses têm
de ser sempre os mesmos. Independentemente de estarmos de vermelho, de azul, de
calças de ganga ou de saia casaco, o gajo é sempre o mesmo (quer dizer, sempre,
sempre, não. Eles vão mudando, mas mais consoante a fase da nossa vida do que
propriamente a roupa ou o evento).
Era fantástico que tivéssemos um homem para cada ocasião.
Até me consigo imaginar, a sair do trabalho e ir para a praia correr com o
desportista, ir ao lançamento de um livro com o intelectual, ir a uma exposição
de arte com o artista, apresentar o totó aos pais, levar o divertido a sair com
os amigos, e ir para a cama com o tântrico.
Mas, ao olhar para trás, tudo me sai ao contrário. Às vezes, parece-me que usei
sempre o homem errado para cada ocasião: já levei o desportista ao lançamento
do livro, o intelectual a sair com os amigos, o artista a correr, o tântrico
para jantar com os pais, e o totó… para a cama. A vantagem é que assim, e
apesar de andarmos com os acessórios mal combinados, somos sempre experts em
tudo o que fazemos, ao lado daquelas pessoas, que estão apenas deslocadas do
seu ambiente natural.
O problema é que, ao contrário de nós, os homens são vocacionados apenas para
uma coisa (chama-se, ao que parece, masculinidade). Limitados!"
Agora comento eu: será que vocês mulheres acreditam mesmo que
somos todos limitados?? É aqui que discordo, também há mulheres limitadas ou
não? Será que elas também padecem de um mal que podemos denominar de feminilidade?
Homens e mulheres, mulheres e homens, uma coisa é certa; não
conseguimos viver sem elas e elas sem nós (há excepções, mas essas não contam kkkkkk
Mas esta dissertação e o texto da minha amiga, leva-me a outra
análise sobre as pessoas, e dei comigo a pensar e a tentar perceber a diferença entre uma pessoa boa e uma
pessoa má.
Já sei
que toda a gente acha que isso é demasiado óbvio para dar direito a alguma
ponderação, mas a verdade não está assim tão clara (pelo menos na minha
cabeça). Vejamos, então a que conclusões cheguei, vejam e digam-me se estou errado, se
realmente não for bem assim, peço que me corrijam. É que não sou dono da
verdade, são apenas as minhas opiniões, emitidas com alguma convicção. Ora aqui
vão elas:
As
pessoas boas também mentem. As
pessoas más também amam
As
pessoas boas também manipulam. As
pessoas más também choram
As
pessoas boas também magoam outras pessoas. As
pessoas más também sofrem
As
pessoas boas às vezes não gostam de animais. As
pessoas más às vezes brincam com crianças
As
pessoas boas também perdem a cabeça. As
pessoas más às vezes escutam
As
pessoas boas às vezes são capazes de matar por alguém que amam.As
pessoas más às vezes são capazes de morrer por alguém que amam
As
pessoas boas também têm inimigos. As
pessoas más também têm amigos
O que me
leva a classificar uma pessoa que é capaz, nem que seja de vez em quando, de
mentir, manipular, magoar, matar como uma pessoa boa? E a achar que uma pessoa
que ama, chora, nos ouve e tem amigos como má?
Será que as pessoas podem ser "arquivadas' numa prateleira?
Será
que as pessoas boas são más de vez em quando?
Será
que as pessoas más também conseguem ser boas?
Será
que as pessoas só são uma coisa ou outra aos nossos olhos?
Será
que NÓS merecemos ser colocados de um lado ou do outro desta barreira invisível?
E a
linha que separa estas definições? É ténue? É marcada? É forte? É fraca?
Podemos
estar uma dia de um lado e no outro dia no lado oposto?
Podemos
estar ao mesmo tempo nos dois lados, separado apenas pelo julgamento dos olhos
que nos classificam?
Pessoa
boa? Pessoa má?
Pessoa boa? Pessoa má?
Será que isso existe? Isso não existe.
https://www.youtube.com/watch?v=jX50Xf0tECo