A carta que escrevo aqui e agora é o que "eu" sinto e penso da vida e não "serve" para todos; não há respostas definitivas e únicas para todos nós; vivemos num mundo de desafectos em vez de vivermos num de afectos; vivemos num mundo onde o sentirmo-nos bem com a nossa própria identidade é já tão dificil que usamos estas identidades "falsas" para podermos falar e ouvir. Já nos falta a "coragem" de enfrentarmos os outros, de olharmos os olhos uns dos outros e dizermos a quem estiver na nossa frente o que sentimos, o que pensamos, o que queremos, o que temos, o que podemos ser e, principalmente, o que podemos dar. A vida já vai longa para mim e já vivi muito e quase tudo o que um homem pode viver; passei de tudo um pouco e os anos foram-me tornando "duro" e um pouco "sóbrio" perante as bebedeiras da vida. A vida não é fácil e tudo o que a vida nos dá é pouco porque queremos sempre mais e melhor; passamos a vida a lutar por um lugar ao sol e esquecemos o quanto bom é refrescarmo-nos numa sombra. Desenhei o meu corpo nas águas profundas de um rio que em mim corre e nele me percorri em tons de azul, cor do céu que nunca morre… desenhei a minha alma nas ondas do poderoso mar que fora de mim se move e nele a desenhei em tons de branco nobre, leves, mas sóbrios… desenhei o meu corpo na minha alma e a mistura fundiu-se em tons vermelhos de sangue puro… e minha alma, pária de si própria, desenhou no meu corpo a felicidade de se saber comigo e não mais solitária… desenhei, por fim, no mais profundo de mim, um campo de flores, pleno de todas as cores, exalando todos os perfumes, completamente preenchidas com todas as vossas dores. Por isso escrevo, escrevo esta carta porque passamos o tempo a querer, passamos o tempo a desejar, passamos o tempo a ter, a possuir, a querer ter ainda mais. E esquecemo-nos de dar!
E, um dia, ficamos de mãos vazias e ficamos sem nada e lamentamos termos ficado sem tudo o que haviamos tido; que desgraça enorme; perdi tudo; perdi os bens; perdi a namorada; perdi os filhos; perdi a mulher; tanto amor perdido! Tudo o que tinhamos se foi. E passamos a ser uns eternos infelizes!... Errado!... Nunca tivemos nada! Porque não somos donos de nada! Nada temos! Nada possuimos! Nada é nosso! Só dando é possivel ser feliz! Desejar tudo de bom para o outro! Querer que a mulher que pensava ter "perdido" esteja feliz agora mesmo sem ser a meu lado! Darmo-nos aos outros de todas as formas, de todas as maneiras. Não pretender ser amados. Amar somente. A felicidade está em amar, tão somente em amar e sentir que amar é estar feliz consigo mesmo. Amar sem posse nem destino. Amar incondicionalmente. Não chorar sobretudo porque é preferivel sorrir e mesmo que por dentro a alma se parta aos bocadinhos que nos reste um sorriso nos lábios para dar aos outros. Foi isso que aprendi ao fim de muitos anos. Não fui, não sou nem quero ser dono do que quer que seja. Quero olhar e desejar que todos estejam melhor do que eu. Escolho o melhor para ti, para vós. Ao fazer isto faço-o com alegria, com gosto e sou feliz! É esta a resposta: não há caminhos para a felicidade; esta, é o caminho. Não interessa que caminhos havemos de percorrer, o que interessa é caminhar com a certeza de que "escolher" o melhor para o outro é a base do meu bem estar. Sentir que com essa "escolha" eu estou a caminhar e não à procura do caminho. Estas palavras não "servem" para todos, eu sei. Mas não sei outras. Tudo o que possam ler nos meus escritos são uma mistura de credulidade e de incredulidade; são uma mistura de fé e de raiva; são uma mistura de sim e de não. Pela simples razão que precisamos dessa "balança" para o nosso equilíbrio. Mas, o cerne da questão está lá, nas entrelinhas e estas são as que acabo de escrever. Não sei se era "isto" que queriam ouvir, se era esta a "mão" que precisavam; acreditem que é a única que tenho e dei tudo o que tinha: tempo, palavras e um desejo firme de felicidade... E, para já, escolho para ti que me lês, um sorriso. https://www.youtube.com/watch?v=uWyZ0Ptp2OwO cota, sou eu
"...só muito tempo mais tarde do seu uso, eu vim a conhecer o termo "cota" como se referindo a "velhote"... um gajo chato não velhinho mas já velhote...
...nunca liguei muito a isso e poucos se me referiram como se eu fosse um "cota"
...(que raio de calão!... cota!!!... bem... os "putos" lá sabem o porquê...)
...mas dizia eu que quando soube que eu era um desses "cotas" coloquei a minha imaginação a funcionar e dei por mim a pensar que eu era uma pessoa importante... eu era um Cota!... um senhor Cota!... mas que pinta!...
...de cota a cotação é um passo... e dei por mim a pensar qual seria a cotação de um cota... ou, como se mede a cotação de alguém... se é que existe cotação para um cota... bem, mas não interessa... o que interessa é que comecei a adorar ser cota e cada vez mais me sinto um cota melhor (e, às vezes, mais puto que os putos de agora)... e dou por mim a pensar que ser cota é até uma grande coisa... só o prazer de já ter vivido mais tempo que os putos, só o facto de saber que os putos poderão a não chegar a serem cotas, ou seja, daqui a uns tempos talvez já nem se use esse termo e em vez de cotas (com cotação) poderão eventualmente virem a ser chamados de, sei lá, por exemplo... abadias!... que giro... é pá não fica mal... os putos de agora, quando forem velhadas passam a ser chamados de "abadias"... eheheheh... tá criado o termo... quem quizer utilizar não paga direitos de autor... eu cedo os direitos...
...mas, dizia eu, onde é que eu ía? Bem, isto é mesmo de um cota!... E, na verdade, um cota é um chato... mas consegui o que pretendia... fazer-vos ler este texto sem qualquer tipo de interesse! É esta a cotação de um cota:- Fazer de uma coisa sem interesse uma coisa interessante!...
...e agora, já agora, podem-me chamar... abadia!... eheheheh...
Ser o mar e te amar
Queria tanto ser o mar... Para te sentir dentro de mim a nadar, esbracejando vigorosa e forte em longas braçadas de vida e respiração molhada...Para te sentir a pele gotejada da minha maresia em total contorno da tua existência e contínua persistência...Para teus lábios beijar com o sal ardente deste meu ser em contínuo movimento que de doirado e sedento se move para dentro... Para teu corpo desejar e em ondas te tornar e à minha volta te jorrar quando na cálida areia me espraiar...
Para sentir o calor intenso do sol me banhar, aquecendo-me para que teu corpo não tremesse de frio ao em mim penetrar... Para teus seios ondular na massa informe do meu ser que de moldável e suave permite a ternura em mim nascer... Para sentir tuas fortes pernas afastar-me e em desenhos lindos e simétricos vencer a maleabilidade do meu ventre, para sempre... Para em gotículas me espalhar na tua vida em crescendo quando nua na praia secas teu corpo ao vento num lânguido movimento...
Para te chamar e te ver correr para mim, a saltar, como gazela fugindo num monte de alguém que a quer caçar... Para te chamar e te sentir mergulhar de braços estendidos e de cabeça defendida, numa entrada sulcando meus sentidos... Para te aconchegar dentro de mim e com ternura te abraçar num longo e eterno movimento de loucura... Para viver o instante do meu único momento insano na procura do ser que me fizesse ver que mais não sou que o desejo de te ter...
...e retomado do fim de tanto prazer, depositar-te na areia doce e quedar-me duma vez por todas, ali, parado, para te ver!...
...Como eu queria ser o mar...
REGRESSO
Bom dia amigas e amigos estou de regresso, para uns serei benvindo para outros nem tanto rsrsrs, já que devem estar a dizer entre dentes lá vem esse “tuga” marado com mais prosápia para chatear ehehehe, é para se lembrarem que existo. Verifico que a minha ausência foi sentida por algumas pessoas, a elas agradeço terem aqui vindo a minha casa mesmo sem eu estar presente. Também às amigas e amigos que me enviaram mensagens privadas, agradeço do fundo do coração terem-se lembrado de mim. Vou tentar responder a toda(o)s o mais breve possível.
Este descanso fez com que reflectisse verdadeiramente sobre as prioridades da vida, repensar amizades, do que podemos e devemos de facto ser e fazer em prol dos outros, uma introspecção impunha-se na minha vida, abandonar certos aspectos menos positivos, abraçar outros mais significativos e que no fundo nos fazem mover neste mundo. É nestes momentos que vemos a quem de facto fizemos falta, ou para quem a nossa ausência nem foi tão importante. Desde há algum tempo que me debato com um dilema enorme, poderei considerar como duas damas terríveis: a Saudade e a Solidão. São muito dificeis de aturar e de se conviver com elas. São tremendamente egoistas e não nos deixam em paz; não fogem, não se retiram. Por isso, resta-me um subterfúgio; tentar enganá-las: rio-me delas e tento fugir para dentro de mim; dentro de mim encontro um mar revolto mas tem ondas, tem cheiro a maresia, tem sol, chuva, vento, frio e calor; tem sal, tem vida, pulsa, sente e toca; e nesse mar revolto procuro uma ilha, uma ilha mesmo deserta onde me possa abandonar e nada mais sentir; olho em volta e continuo a ver esse mesmo mar mas a esperança de ver o nevoeiro dissipar, a esperança de ver que algum barco possa no meu cais aportar, a esperança de que sorrir de novo seja possível esta, a ESPERANÇA; é a terceira dama com que consigo ainda viver.
Esta ausência foi um tempo de reflexão, longo por certo, mas no qual consegui solucionar alguns dos graves problemas que me afligiam, sendo que o mais problemático de todos eles foi resolvido a contento. Só espero e desejo que nenhum(a) de vós seja algum dia confrontado com um rapto de alguém que se ama muito, felizmente Deus ajudou e o apoio de alguns e algumas amigas foram determinantes. Bem hajam.
Artigo Primeiro
É possível falar sem um nó na garganta
é possível amar sem que venham proibir
é possível correr sem que seja a fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.
É possível andar sem olhar para o chão
é possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.
É possível viver de outro modo. É
possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.
Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre livre.
Manuel Alegre
https://www.youtube.com/watch?v=vkEdKhkJUtA
DESPEDIDA, OU ATÉ BREVE :/
Bom dia a todos os amigos e amigas, manos e manas, terão descanso deste "tuga" marado nas próximas semanas, já devem ter estranhado não ter colocado mensagens como de costume, e para não escrever uma mensagem a cada de um vós, pois seria mais doloroso, podem acreditar; decidi escrever aqui no blog estas poucas linhas para vos anunciar a minha ida por algum tempo, não sei quanto, a situação pessoal que me envolve neste momento deve concentrar todas as minhas energias, e para que possa ter o discernimento necessário para não cometer qualquer erro que possa colocar em causa todo um processo complexo. Assim vão ver-se livres deste "chato", com a mania que é escritor rsrsrsrs, que tem também a mania de defender os amigos, mas isso são outros quinhentos "paus",reais ou euros como quiserem.
Desculpem, não vou mencionar nomes de todos os amigos, mas não posso deixar de fazer referência à mana amada Bel, a grande amiga Virtual, à minha nova e surpreendente amiga Sollua, a uma amiga que prezo muito a Bia, pois elas sabem os motivos desta decisão por demais gravosa e que entendo não dever divulgar, elas sabem.
A todos os demais amigos e amigas, agradeço as mensagens que me têm colocado cada dia e o carinho com que o fazem. O meu muito obrigado.
Bom carnaval a todos, a vida são 2 dias, o Carnaval são 3 logo divirtam-se nesta vida e sejam FELIZES com muita Paz e AMOR.
Não vou dizer adeus definitivo, mas quem sabe um até um dia destes.
Abraços, beijos e carinhos doces a todos, e que tenham uma vida SUPERCALIFRAGILISTICAEXPIRALIDOCE